André Henrique tem situação parecida com a de Campaz e não deve permanecer no Grêmio

No dia 28 de dezembro, o Grêmio efetivou a opção de compra de André Henrique por 6,5 milhões de reais. No entanto, até o momento, o jogador não assinou nenhum contrato com o clube. A principal razão para essa indefinição é um desajuste financeiro entre as partes.

Há duas versões sobre o que realmente aconteceu nas negociações. Segundo informações de Santa Catarina, André Henrique teria pedido um salário de 200 mil reais mensais para jogar no Grêmio. No entanto, o jogador nega essa informação e afirma que seu pedido era de 120 mil reais mensais para ser o centroavante reserva e disputar a Libertadores. No mês passado, houve relatos de que um acordo salarial de 100 mil reais mensais havia sido alcançado. A expectativa era de que o jogador permanecesse no clube com esse salário e um contrato válido até 2023.

No entanto, para surpresa de todos, descobrimos que até o dia 16 de janeiro, André Henrique ainda não havia assinado nenhum contrato com o Grêmio. Ele estava treinando sem nenhum documento oficial que o vinculasse ao clube. A única garantia que o Grêmio tinha era a opção de compra de 40% dos direitos federativos do jogador por 1,2 milhão de euros.

Divergências entre as Partes

As versões sobre o desacordo entre as partes diferem. De acordo com o jogador, o Grêmio apresentou um contrato com um salário fixo de 50 mil reais mensais, metade do valor acordado anteriormente e o mesmo que ele recebia na temporada passada. Diante disso, segundo a versão que mais favorece o atleta, ele desistiu do acordo e não assinou o contrato, permanecendo sem vínculo empregatício com o clube.

Por outro lado, o Grêmio alega que, ao exercer a opção de compra, já havia uma previsão salarial acordada no contrato. A diretoria do clube não confirma nem nega a falta de contrato assinado, mas afirma que todas as condições contratuais já estavam previstas no momento da opção de compra.

Consequências e Possíveis Soluções

Independentemente da versão verdadeira, o fato é que há um desajuste financeiro entre as partes e o Grêmio já adquiriu 40% dos direitos federativos de André Henrique. No entanto, sem um contrato assinado, o jogador corre o risco de ser devolvido ao Ercílio Luz, cumprindo o contrato lá.

Considerando a diferença salarial de 50 ou 100 mil reais mensais, é improvável que a direção do Grêmio concorde em pagar o valor inicialmente acordado. É provável que eles entrem em contato com o empresário do jogador para propor um novo valor e encerrar essa situação.

A comparação com o caso Campaz é inevitável. No entanto, acredito que o Grêmio não repetirá o mesmo erro e acabará pagando um valor maior do que o acordado. No final das contas, o clube já é proprietário de 40% dos direitos de André Henrique e seria um prejuízo financeiro voltar atrás nessa negociação.

Esperamos que a direção do Grêmio busque uma solução para esse impasse e proponha um novo valor salarial ao jogador. Resta esperar para ver como essa situação se desenrolará nos próximos dias. Fiquem ligados para mais atualizações.

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Wagner Andrade
Wagner Andradehttps://realnews.com.br/
Jornalista e CEO da Real News

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