No último final de semana, a cidade de São Sebastião e o litoral do estado de São Paulo foram atingidos por fortes chuvas que causaram alagamentos, deslizamentos e deixaram um rastro de destruição. Infelizmente, até o momento, o número de mortos chega a 48. O que é ainda mais triste é que o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) alertou o governo de São Paulo e a prefeitura de São Sebastião com dois dias de antecedência sobre a iminente tragédia.
No entanto, de acordo com moradores locais, as autoridades não informaram sobre os riscos iminentes, e as casas não foram evacuadas, o que pode ter agravado a situação. A situação é preocupante, e é preciso entender por que o alerta foi ignorado e o que pode ser feito para evitar futuras tragédias.
O alerta ignorado
O diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes, disse que o centro conseguiu fazer a previsão com 48 horas de antecedência e forneceu a localização do desastre. Além disso, na sexta-feira (17) pela manhã, o Cemaden realizou uma reunião com o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do governo federal, para tratar da situação. A reunião contou com a participação da Casa Militar de São Paulo, responsável pela Defesa Civil estadual.
O Cemaden elaborou uma nota técnica e alertou todos os órgãos que atuam na prevenção de desastres. O diretor disse que foi entregue uma lista aos governos federal e estadual com todas as áreas de risco no Litoral Norte, incluindo a Vila do Sahy, a área mais afetada pelas chuvas. No entanto, apesar desses alertas, os moradores afirmam que não foram avisados e que as autoridades não recomendaram a evacuação das casas.
O papel das autoridades
Infelizmente, a situação em São Sebastião não é um caso isolado. Em muitas cidades brasileiras, as autoridades têm ignorado os alertas de risco e falhado em proteger a população de desastres naturais. É importante que as autoridades reconheçam sua responsabilidade e tomem medidas para garantir a segurança da população.
Nesse sentido, é preciso que haja uma melhor coordenação entre os diferentes órgãos responsáveis pela prevenção de desastres naturais. A troca de informações e o compartilhamento de dados devem ser aprimorados para permitir uma resposta mais rápida e efetiva em caso de desastres. As autoridades devem ser mais transparentes com a população e fornecer informações precisas e atualizadas sobre os riscos e medidas de prevenção.