O Madre Peletier recebe presas grávidas de todo o Estado.
Ocorre que a Penitenciária não possui condições mínimas para cuidar das presas e das crianças que estão no ventre delas.
Presas relatam abortos em série, nos últimos trinta dias teriam ocorrido ao menos três abortos que tomamos conhecimento.
Uma das presas relata, inclusive, que em um dos abortos o feto já estava morto na barriga da presa há dez dias, sem que nenhum atendimento fosse prestado para a detenta e sua criança.
Não existe médico no Madre Peletier, apenas enfermeira em horário comercial.
Medicação é absolutamente escassa e ineficaz.
Em caso de uma detenta precisar de atendimento médico, deve ser levada com urgência para o Hospital em viaturas que todos nós sabemos, não existem.
Com muita frequência, audiências que são agendadas previamente são frustradas por falta de viaturas, quanto mais casos de urgência na madrugada!
O STF já definiu que presas gestantes e mães de crianças menores devem receber o direito de responder em prisão domiciliar, porém alguns juízes, mesmo sabendo do caos do sistema carcerário e que crianças podem morrer, mantém as detentas recolhidas dependendo apenas do crime que são acusadas.
Os Direitos Humanos, a OAB, o Ministério Público,… enfim, todos os seres humanos que são contrários a crueldade contra crianças no ventre de suas mães, precisam se mobilizar para impedir que esse genocídio infantil continue.
Segue, abaixo, o relatos das presas: