A verdadeira situação da saúde de Canoas

Foto: Brunna Graco/Real News

A internet abriu inúmeras oportunidades de manifestação de todas as pessoas que têm acesso a rede. Alguns espaços são organizados e outros individuais, espaços como facebook viram uma verdadeira arena de pseudoespecialistas. Por outro lado temos portais de noticias que viraram referências e cumprem uma função social, digna de substituir a velha e tendenciosa imprensa da TV aberta, afinal não é segredo pra ninguém a seletividade que notícias e narrativas são usadas para engenharia social no Brasil, sendo vítima os mais humildes e ignorantes. 

Espaços como a RealNews, que rapidamente se tornou referência de notícias, informação e opinião na região metropolitana gaúcha, são reconhecidas como um espaço isento e independente. Desde o convite para expor opinião e histórias nesta página, jamais recebi sequer qualquer censura ou indicação de pauta, o que mostra o trabalho sério que vem se construindo nos últimos anos nessa importante ferramenta de comunicação. O prêmio é o reconhecimento da população e colegas atentos a verdade e transformação de nossa sociedade. 

 

A VERDADEIRA SAÚDE DE CANOENSE

Dito isso, hoje compartilho com amigos, a história de uma leitora vítima do glamour, propaganda  e falta de noção da realidade que o canoense vive atualmente com a saúde de nossa cidade. A saúde já há alguns anos, pautas de noticiário sobre a saúde na cidade que voa, tem sido um problema causado pela má gestão e escolhas dos administradores, da pasta que coordena essa importante matéria em qualquer cidade. 

Decisões pessoais de favores políticos, tem deixado a frente da saúde pessoas que provavelmente vivem em uma bolha, sem conhecer a realidade das comunidades (o que por óbvio é quem mais usa o SUS e as unidades de atendimento da cidade). 

Na última semana conheci a história de THAIS, 41 anos, mãe de três filhos pequenos, sendo a menina lactante, moradora de  Canoas há anos, Thais fez contato após inúmeras tentativas de resolução administrativa de seu caso, ela está internada no hospital HU-Canoas, desde o dia 08/08/2023, está hospitalizada aguardando um exame de CPRE, colangiopancreatografia retrógrada endoscópica ou CPRE (clic no link e saiba mais) e procedimentos em vista de uma situação crônica de pedra no canal da vesícula, entre outras coisas.

Thais conta que já buscou solução de todas as formas possíveis, ouvidorias, direção e até mesmo contato com o atual secretário de saúde, por meio de redes sociais e aplicativos de mensagem. Conforme ela, os médicos estão presentes mas não há equipamentos e estrutura, cita que não há material, como papel higiênico, álcool em gel, sabonetes e medicações (…), informa que todas as vezes que solicita esclarecimentos de sua situação é dilacerada com agendas que não se cumprem.  

“Os médicos estão tentando fazer milagres, só que não tem os equipamentos…” 

Thais (41), internada no HU desde o dia 08/08/23 esperando exames.

 

A situação dessa mãe de três filhos é a realidade de muitos canoenses que sofrem diariamente com a situação da vida real, diferente do glamour    ensaiado nos eventos caros que a gestão insiste em fazer para promoção. Por mais que exista verbas direcionadas para fins diferentes dentro da gestão é um absurdo o gasto público com eventos e cerimônias que não refletem a realidade da cidade, enquanto em um HOSPITAL falta álcool ou papel higiênico.

Relatos como de Thais, tem se repetido muitos expõem que as equipes pedem para que os pacientes tragam medicação de casa ou comprem seringas – por exemplo, isso mostra que situação não está nada bem, e tem piorado nos últimos meses de forma vexatória, contudo a verdadeira condição da saúde de Canoas é camuflada por propagandas e dados que só agradam a própria gestão. 

Como canso de escrever nesse espaço, não me considero crítico pessoal de qualquer gestor que esteja a frente do executivo, ao contrário torço de forma positiva,  para quem ali esteja, cumpra e se dedique a difícil missão de administrar a coisa pública, mas realmente precisamos de gestores e não atores, o velho ditado e música da sabedoria popular já diz “ovelha não é pra mato”. Dedicação, empatia e seriedade, é o mínimo que se espera para cuidar das pessoas. 

Thais (41), buscou contato com responsáveis, sem sucesso passou a expor sua história nas redes sociais para ter atenção das autoridades.

A saúde é a base, precisamos ter condições físicas de produzir, estudar e trabalhar, assim como, precisamos ter a segurança que ao precisar de um atendimento médico e socorro teremos o mínimo de dignidade no atendimento. 

A história de Thais é preocupante, entre outras manifestações sobre a mesma matéria, essa foi uma que mais evidencia o desespero de quem necessita de atendimento médico e atenção de cuidados, ouvir Thais de 41 anos, chorando, preocupada com sua vida e de seus filhos, pedindo literalmente socorro por sua situação, onde a quase um mês está sem nenhuma previsão de atendimento ou retorno por quem deveria ser responsável, mostra que estamos insistindo em medidas e opções erradas. 

A preocupação de uma mãe com seus filhos pequenos, sem poder trabalhar para garantir o alimento, no aguardo de um exame ou transferência para uma unidade que possa atendê-la (…). Essa situação é revoltante, quando se observa tantos gastos desnecessários por Canoas, que infelizmente não tem priorizado pessoas.

A saúde deve ser prioridade em qualquer governo, administrado por especialistas que tenham a empatia de conhecer a realidade dos usuários do SUS e de trabalhadores, com toda a certeza é a pasta mais sensível de qualquer gestão, pois trata-se de vidas, das pessoas que esperam por exames, medicamentos ou procedimentos, das famílias dos pacientes que aguardam o retorno do seu familiar, e, dos profissionais que atuam e cumprem com o compromisso de cuidar e tratar pessoas com esforço e dedicação. Esperamos com fé que gestores olhem para a saúde e vejam pessoas, vida,  vejam a Thais e não somente números. 

Muita luz a todos.  

 

 

Essência 

Brasília sendo Brasília

Enquanto parte do governo se esforça para aumentar o orçamento, com medidas como criação e aumento de impostos, surge com cada vez mais força o retorno da contribuição OBRIGATÓRIA Sindical, um verdadeiro retrocesso, que será mais um desfalque no orçamento do trabalhador, que na prática não será facultativo. 

CMPI – Membros do governo tem feito o possível para incluir o ex-presidente nas investigações e justificar um pedido de prisão.

Por outro lado, na sequência do plano de governo, prometido na campanha pelo atual presente, os homens de preto se dedicam à missão de condenar a qualquer custo o ex-presidente Bolsonaro, fato que já está constrangedor até mesmo para os petistas mais fiéis. A perseguição às lideranças da pseudodireita brasileira, cria aberrações jurídicas que todos irão arcar com as consequências em um futuro próximo. Esse é o governo do amor ou da vendetta?

Caso Samu e a resposta rápida 

O governador Eduardo Leite, foi rápido e corretíssimo ao ir a público declarar a indignação com o caso SAMU, que expôs médicos suspeitos de burlar escalas do Samu/RS, casos como este não podem mais fazer parte da realidade do Estado, o governo tem se esforçado para além das dificuldades modernizar o serviço público, assim como tem buscado cada vez mais valorizar o servidor. 

A situação expõe de forma prejudicial o empenho de muitos servidores que prestam serviços com qualidade e dedicação, Eduardo Leite, foi ágil ao deixar claro que o governo não tolera desvios e que qualquer situação será apurada e os responsáveis devidamente punidos.

Eleições 2024 

Em Canoas, as eleições de 2024 já são pautas nos partidos mais protagonistas da cidade. As movimentações têm criado especulações semanais de idas e vindas de políticos, eleitos e lideranças que começam a lotear possíveis espaços em governos futuros ou mesmo no conturbado atual governo. 

Mesmo com a dinâmica da política, lideranças têm projetado a corrida ao executivo com cautela, em vista da vindoura mudança da LEGISLAÇÃO ELEITORAL já para 2024, federações obrigatórias, número de vagas no legislativo, impedimentos e contribuições, são pautas constantes nos grandes diretórios, que começa as negociações e filiações levando em consideração a cultura do pragmatismo político brasileiro.

De outro lado partidos aspirantes, fora da gestão, têm apostado na discussão de projetos viáveis para a cidade e buscado novas lideranças para compor outras opções ao paço municipal.