O filme “A Substância”, que concorria a cinco categorias no Oscar e venceu apenas na de Melhor Maquiagem, merecia reconhecimento em outras indicações também. A produção é simplesmente incrível — tanto pela narrativa quanto pela profundidade das reflexões que provoca.
Um dos principais pontos que o longa aborda é a pressão estética imposta pela sociedade, especialmente sobre as mulheres após os 50 anos. A história faz refletir sobre até que ponto a busca pela juventude eterna, através de plásticas e procedimentos estéticos, pode se tornar prejudicial — física e emocionalmente. O filme questiona a ideia de que, com o passar do tempo, as pessoas seriam “descartadas” ou deixariam de ter valor.
Outro destaque é a quantidade de referências cinematográficas que aparecem ao longo da trama — incluindo alusões claras a O Iluminado e outros clássicos do cinema. É um prato cheio para quem gosta de analisar detalhes e simbolismos.
Sinopse
Em A Substância, Elisabeth Sparkle (interpretada por Demi Moore) é uma celebridade em declínio que vê sua carreira desmoronar após ser demitida do programa fitness que apresentava na televisão. Em busca de uma nova chance, ela decide experimentar uma droga do mercado clandestino que promete replicar suas células, criando uma versão mais jovem e aprimorada de si mesma.
A partir daí, Elisabeth passa a dividir a vida com sua versão rejuvenescida (Margaret Qualley). As duas precisam coexistir, revezando-se semanalmente, enquanto enfrentam dilemas profundos sobre identidade, vaidade e aceitação.
“Já sonhou com uma versão melhor de si mesmo? Mais jovem, mais bonito, mais perfeito? Há apenas uma regra: vocês dividem o tempo. Uma semana para você. Uma semana para o novo você.”
O equilíbrio entre as duas versões, porém, se mostra tudo menos fácil. “A Substância” está disponível nas plataformas HBO Max e Prime Video.



