Sempre concordei com sociólogos e historiadores que o grande problema do conceito de sociedade no Brasil foi prejudicado ainda na formação do período colonial, que intensificou a ideia de submissão do povo trabalhador perante o Estado, ou seja, o povo era o gerador de riqueza e mão de obra, o Estado é aquele que administra, usufrui dessa riqueza e principalmente se distancia desse mesmo povo. A lógica era essa, soma-se isso a uma ideia de idolatria e ostentação perante os líderes, você tem um retrato do Brasil colonial que se estende até nossa atual situação política, social e econômica.
A introdução daria margem para uma bela dissertação de crítica com base socialista, correto? Afinal, o conflito do povo trabalhador com aqueles que controlam o poder é um dos pilares da manifestação socialista – Em um simplório e breve resumo sobre o que conhecemos do socialismo do século e milênio passado – a usurpação da pauta e imagem do povo por líderes políticos de esquerda é o grande trunfo para se manter no topo da pirâmide política no Brasil, estas pautas chamada de minorias são a distração que o sistema anos após anos apresentam para a sociedade cansada de suas rotinas de trabalho debaterem e brigarem entre si (uma ótima ideia e estratégia!), ao final enquanto discutimos sobre infinitos termos de gêneros, por exemplo, os hospitais, escolas permanecem sucateados (…).
A lógica continua a mesma de um período colonial, levar o trabalhador/camponês a exaustão do trabalho, não dar margem para cultura ou conhecimento de sua história familiar, desestabilizar o conceito de família, alimentar a esperança de dias melhores e de uma vida de descanso na velhice – Conhecida pelos brasileiros como “aposentadoria merecida”, alimentar a ilusão do povo é fundamental, sobre isso o pensamento de que “Nem homem nem nação podem existir sem uma ideia sublime” Fiódor Dostoiévski, a ideia sublime do brasileiro médio é acreditar no discurso, acreditar na igualdade social, fartura alimentar, que o “petróleo é nosso”, que a vida vai melhorar e que agora sim! O Brasil vai crescer (…), pelas mãos de um líder iluminado.
A ideia sublime que Dostoiévski cita é usada pelo sistema através dos discursos, que é melhor entendida pelos ignorantes quando somadas a um discurso ouvido por mentes cansadas e exaustas, que não enxergam o óbvio, ou seja, o discurso é mentira e muitas vezes impossível. O povo até então, no geral, vivia nessa ilusão de discursos de seus líderes e ícones políticos, não enxergando seu papel como cidadão e transformador de sua própria realidade.
A certeza do brasileiro em 2025 é a dúvida, a contradição no título se faz necessário para apontar ao bom leitor que atualmente estamos vivendo um momento de reflexão e autocrítica, como diria aquele filósofo do desenho do Bob Esponja “nunca antes na história desse país” (…), o povo mesmo na ignorância falou tanto sobre política, justiça e desigualdades, essa afirmativa é mérito de um governo “popular neo-socialista ”? Evidentemente que não, afinal para o plano seguir, o indivíduo não deve questionar o Estado e seus líderes, ou mesmo atentar para reflexões ou dúvidas.
O brasileiro alimentado por esperança de dias melhores, vida melhor ou um descanso merecido em sua fase final de vida, passou a questionar para onde vai a riqueza produzida por seu esforço e trabalho? Quem usufrui de seu labor durante a sua vida ativa?
O povo, é alimentado por esperanças e maravilhas que não alcançarão na maioria, como estabilidade patrimonial/riqueza, apresentada ao brasileiro médio como bens de consumos, para aqueles mais atentos a pressão da propaganda direcionada a ilusão do consumo por exemplo, “compre o carro dos seus sonhos” – afinal o Estado e o sistema definem o seu sonho não é mesmo ? Eu explico! O brasileiro cresce com a indução a necessidades pré-definidas, como “o sonho da casa própria”, “o carro do ano, último modelo!”, o corpo perfeito, igual o da novela, “o sonho de conhecer a Disney ”, “o casamentos dos sonhos”, “você tem que ter uma casa na praia”, estas induções geram uma prisão sem muros, que fazem que o indivíduo busque por algo às vezes distante, o que torna um trabalhador escravo de seus boletos e medos. O mecanismo e sistema se mantém quando o indivíduo vive somente para trabalhar e se alimentar.
Ainda temos a indução pelos conceitos introduzidos a fórceps, inteligentemente criado pelo Estado/sistema, como a repulsa da política, mas a idolatria a políticos. Outro exemplo pertinente é a relação criada pelo Estado entre a população (mais humilde) e as polícias, que alimentam o conflitos e medo, gerando indignação das classes mais humildes com as forças de segurança, fato que distancia a concepção de união e cidadania tanto do policial quanto do cidadão, fazendo de ambos em muitos casos se tratem como inimigos, afinal em comunidades do Brasil inteiro as polícias são vistas como ameaças, e em bairros mais opulentos a polícia é sinônimo de segurança e garantias (mas isso é outra pauta). Tudo tem um objetivo, anestesiar e dividir.
Contudo o sistema comete falhas, e nos últimos anos a falha, no Brasil, foi abusar de sua exploração da classe produtora, explorar e usar recursos do Estado e ignorar os conceitos básicos de justiça liberdade de pensamento. Estes fatos somados à influência de discursos conservadores fez ascender um movimento de críticas e pensamentos de norte a sul, que romperam uma sequência, gerando o que “pensadoresWeb” classificam erroneamente como “polarização”, tentando diminuir uma manifestação e méritos do despertar de grande parte do povo.
Enquanto no mundo inteiro a fase de auto-reflexão ocorreu séculos atrás, no Brasil – antes tarde do que nunca! O povo começa a entender seu papel como cidadão, gerador de riqueza ao Estado agora, questionando seus líderes e participando mais ativamente do debate político e social, assimilando assim um conceito de cidadania, que foi usurpado durante a formação da república.
Por fim, mesmo que ainda usando símbolos e indivíduos como referencia, seja pelos conceitos adotados de direita ou esquerda (…), a maioria das pessoas passaram a ter duvidas sobre seu papel social, e, é através dessas duvidas que se gera o crescimento individual e social, pois as perguntas geram buscas, que geram reflexão e respostas.
Muita luz a todos.
Nosso quintal
Pensando bem, Canoas não tem sorte com seus gestores, por melhor que seja a intenção dos eleitos, a dificuldade de seus históricos políticos e judiciais barram seus projetos para a cidade, que sofre com a insegurança de ter ou não um prefeito que inicie e termine seu mandato.
Atualmente, a situação do paço de Canoas é indefinida, os argumentos contra e a favor a situação do prefeito eleito são de acordo com a conveniência de quem os escreve, sejam juristas ou palpiteiros, os malabarismos argumentativos são vários e muitas vezes bem criativos.
Não há certezas, quem as profere ou garantem resultados e definições, usa de má fé, e conta com desconhecimento técnico da população. O fato inquestionável é que infelizmente temos um prefeito condenado, a cidade novamente vai ficar na expectativa de uma promessa de gestão, que neste momento não conseguiu aplicar seu projeto e administrar.
Destaque na região
A cidade de Gravataí tem se destacado no cenário político da região metropolitana, a gestão do prefeito Luiz Zaffalom e bom relacionamento com a gestão do Estado, tem contribuído para a cidade se tornar uma referência de investimentos e qualidade de serviços. A cidade está recebendo ampliações em obras há muito tempo prometidas, e tem atraído investidores, um exemplo para a região que o investimento em infraestrutura gera riquezas e benefícios para a população.
Bons exemplos devem ser exaltados, nesses momentos de dúvidas com a gestão pública.
Descanse e aproveite agora

Um dos melhores conselhos que já recebi na vida, foi uma frase simples de um tio, que no auge de sua experiência de vida e cabelos brancos simplesmente disse, “aproveita a força das tuas pernas”.
Por mais que saibamos que o envelhecimento é inevitável, ainda nos prendemos a machucados do passado e vivemos pelo relógio, a expectativa de tempos de calmaria e gozo do fruto de nosso trabalho, mas no futuro, não agora. Meu tio, era uma gremista fanático, sábio e bem humorado sempre, e entre todos os conselhos que me deu o que melhor me lembro hoje é este, aproveitar agora a força da juventude, para criar boas memórias.