Nestes últimos dias o brasileiro médio, assistiu diante dos seus olhos passar a tão esperada REFORMA TRIBUTÁRIA pela Câmara dos Deputados, sem sequer entender o impacto que as vindouras mudanças no sistema de tributos causará na vida cotidiana de cada um. Não entender de economia, finanças e tributos não é o ponto do problema aqui, afinal não somos (em maioria) ensinados a ter tal conhecimento, assim como muitos outros, justamente para não saber o que questionar, deixando o debate para nossos representantes democraticamente eleitos.
Então qual é o assunto de hoje? Nas aulas, palestras e pesquisas de minha rotina pessoal, os respectivos grupos tiveram como assunto principal a Reforma Tributária, alguns contra o modelo adotado e outros favoráveis, e, todos de acordo com a necessidade da mudança.
A mudança é ponto principal dessa matéria, da forma que estava não poderia ficar, a frase adotada por políticos e especialistas foi repetida em várias manifestações “o sistema atual é um manicômio tributário” políticos e suas frases de efeito!
Entre as várias manifestações, uma chamou mais atenção que as outras, pela simplicidade e efeito. Um colega pesquisador simplesmente compartilhou a frase “eu desisto do Brasil, política é tudo igual, não vai mudar”, é muito comum escutar pessoas falando e escrevendo isso, contudo para meus ouvidos foi um arranhão de unhas grandes em um quadro de vidro. A desistência de uma pessoa na fé de seu país é algo muito triste, não vivemos em uma nação de igualdade e prosperidade para todos, mas temos um jovem país onde conquistar isso é possível, é verdade que as dificuldades são muitas, mas desistir não pode ser uma opção, afinal a cada momento estamos construindo uma possibilidade para geração futura.
O fato do brasileiro médio ainda está pouco familiarizado com a política estatal, nos faz distantes do debate e transformações do país, assim como gera uma sensação de que políticos são “celebridades”, ou, ao contrário são pessoas odiadas que causam repulsa à população, por materializar tudo que não está certo – fruto da sensação de corrupção generalizada – Deixando Maquiavel de lado, não podemos generalizar.
A política não corrompe ninguém, estou seguro de minha afirmação, pois nos últimos anos estudando e trabalhando próximo a agentes políticos, pude presenciar a transformação positiva que ocorreu no cenário político. Sabemos que o sistema trabalha para se proteger e se manter (…), mas não é a política que corrompe pessoas, alguns “políticos” carregam em seu íntimo a disposição para corrupção e falcatruas, são pessoas oportunistas, sem carácter, de má índole, que se escondem por trás de máscaras de simpatias simuladas, voluntariados demagógicos e exploração de pessoas que desconhecem seus direitos. Esses são os políticos que causam a impressão de que todos são iguais, mas não são.
Recentemente o efeito Bolsonaro, causou uma divisão no Brasil (seria uma divisão ou um despertar para o óbvio?). É muito mais comum debater política hoje em dia do que futebol. Sem dúvida um legado que marcará o ex-presidente na história do país, assim como o atual presidente, que já tinha marcado seu nome nos livros por sua trajetória, pela sua chegada ao poder no planalto, assim como restou manchada pelos escândalos de corrupção, crimes, manobras e atualmente perseguição sob uma bandeira de estranha democracia (…). Esses dois polos criaram um debate nacional e fizeram pessoas se posicionarem e questionarem o status quo.
Não há como concordar com tudo que está aí, mas precisamos reconhecer que muito se construiu e mudou com ambos gestores, passamos a perceber que temos excelentes parlamentares, prefeitos e governadores, que na contramão do sistema mantém um trabalho ético e decente, são aquelas pessoas que cumprem com empatia e técnica a função pública. Desistir do país, é gerar espaço para pessoas oportunistas e que se aproveitam da coisa pública, de pessoas mais carentes para se manter no poder, afinal é comum entrar em uma câmara de vereadores e ver homens grisalhos que estão há 20 anos ou mais enraizados em uma função que por natureza exige a renovação.
A renovação faz bem à política, traz novos conceitos e principalmente, acaba com vício de antigas raposas e parasitas. Recomendo sempre as pessoas acompanhar o perfil político de uma nova geração de parlamentares e gestores, temos bons exemplos de políticos que cumprem seu trabalho com devoção e excelência, é o caso de alguns jovens deputados federais gaúchos que estão sempre nas fileiras de cima no RANKING DE AVALIAÇÃO DE POLÍTICOS, como o Dep. Lucas Redecker, Dep. Any Ortiz, Dep Daniel Trzeciak, Dep Ten. Zulco e Dep. Marcel Vanhattem, são nomes, entre outros, cada vez mais conhecidos e que protagonizam no cenário nacional o que se espera de nossos representantes, pessoas que debatem com qualidade, conhecimento técnico e dedicação.
Portanto, generalizar em relação a políticos se torna algo injusto, pois nem todos seguem cartilhas que prejudicam o interesse e bem comum da população. A meta deve ser ocupar espaços, conhecer as pessoas que nos representam, valorizar aqueles que trabalham com dedicação ao próximo. Não se pode desistir do país, a batalha é árdua e o caminho é longo, mas depende unicamente de nós mesmos e da convicção em dias melhores, sempre.
Muita luz à todos.
ESSÊNCIA
PRIORIDADES DO GOVERNO
A pesquisa que mais chamou a atenção no início dessa semana, não foi a tendenciosa e direcionada pesquisa de aprovação do atual presidente. Após três anos da aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento Básico (…), uma pesquisa do Instituto Trata Brasil, demonstrou que “33 milhões de brasileiros vivem sem acesso à água tratada e 93 milhões não têm coleta de esgoto”, o número assustador não gerou nenhum comentário da mídia tradicional ou mesmo de representantes do governo até o momento, que sabendo desses números e da realidade dos país, adotou como primeiras medidas do governo do “pai dos pobres” facilitar financiamento de carros novos para a classe média. Esse mesmo esforço para beneficiar bancos e empresários poderia ser direcionado para aqueles que não têm água e esgoto.
NOVOS DESAFIOS PARA O GOVERNADOR GAÚCHO
O governador Eduardo Leite, realmente é um multitarefas, agora tem um novo desafio, um dos governadores a frente dos representantes dos executivos (prefeitos e governadores), que debatem com a União, a distribuição justa dos recursos para todos os Estados e prefeituras, com o novo sistema de tributação. O Chefe do executivo gaúcho se manifestou nas redes sociais deixando claro seu posicionamento em relação à reforma, a qual fez críticas e apontamentos, mas enfatizou a necessidade da mudança. Parece mais um teste para sua articulação política, que até aqui se mostrou eficiente e positiva.
ARQUIVAMENTO E MAIS MUDANÇAS
Depois de tanta especulação e vexames, por parte do executivo de Canoas, em suas brigas pessoais de vaidade e poder, a saga do processo de vingança/cassação do Vice-Prefeito Nedy, terminou como o previsto, pelo bom senso, de alguns vereadores, que articularam o pedido de arquivamento do processo.
A notícia parece ser da semana passada, e é realmente, mas o impacto dessa decisão se reflete ainda nesses dias e próximos, isso porque já não é mais segredo que a prefeitura tem se ocupado em realizar cerimônias e fotos com efeitos de seus secretários, e, retirar todos da gestão que não bata palmas nos eventos de Polianas. Novamente, essas mudanças e exonerações prejudicam o cidadão que ficam no meio dessas disputas, com serviços prejudicados.
No final, ponto para a RealNews, que já vinha apontando que o processo tinha inúmeros vícios e equívocos, sem condições éticas e legais de seguir.
