O futebol, assim como a sociedade em geral, conta com o intercâmbio cultural entre as pessoas e os lugares. Isso reflete no número de jogadores que atuarão por países diferentes daqueles em que nasceram, no Mundial de 2022. Segundo o levantamento de Jaime Macías do podcast espanhol Futbol Infinito, 137 jogadores defenderão outra nação, que não a sua de nascimento.
Nas seleções sul-americanas, o Uruguai conta com o goleiro Fernando Muslera, que nasceu em Buenos Aires, mas filho de pais uruguaios. Na seleção equatoriana, o goleiro Hernán Galindez nasceu na Argentina e Jeremy Sarmiento na Espanha. Na CONCACAF, o Canadá lidera as naturalizações com sete nomes, seguido dos EUA, com cinco e de Costa Rica e México, com um cada.
Nas equipes africanas, o reflexo da migração europeia.O Marrocos contará com 14 nascidos fora de seu território, seguido de Senegal com 13, Tunísia com 12, Camarões, nove, e Gana, oito. Nas seleções asiáticas, o Catar traz 10 nomes naturalizados. A Austrália com oito e o Japão com um, completam a lista. Entre os europeus, Gales lidera com dez nomes – nove ingleses e um alemão. A Croácia, com oito, Portugal com sete (três brasileiros) e a Sérvia com quatro naturalizados. França e Suíça têm três; Alemanha, Espanha e Polônia, dois; Bélgica, Dinamarca e Holanda, um cada.
As únicas seleções que não têm jogadores nascidos fora de seus territórios em seus elencos são Arábia Saudita, Argentina, Brasil e Coreia do Sul. Argentina e Brasil que, curiosamente, forneceram alguns campeões mundiais para a Itália, em 1934, 1938 e 2006, filhos ou netos de imigrantes para a América do Sul, no final do Século XX.
O futebol, apesar de alguns atos xenofóbicos e racistas, de alguns torcedores que não entendem o espírito unificador e coletivo, traz esta troca de conhecimentos entre as diversas partes do mundo, não apenas a cada quatro anos, mas a cada momento. Multicultural, viva a Copa do Mundo!