Um dos maiores destaques do Inter na última temporada foi o zagueiro Vitão. O defensor se mostrou sólido, constante e junto com Mercado fez a defesa do time de Mano Menezes uma barreira muito difícil de ser quebrada.
Por esse motivo uma das prioridades da cúpula colorada é permanência em definitivo do jogador que está no Bera Rio por empréstimo até junho próximo. Um dos entraves, porém, é que o Shakhtar Donetsk da Ucrânia, clube detentor dos direitos de Vitão, deve pedir alto para liberar o atleta ao clube gaúcho.
O que se fala nos bastidores é que a pedida pode chegar aos 10 milhões de euros, valor considerado fora da realidade financeira do Inter.
Entretanto, a direção colorada pode ter um trunfo na manga para poder contar com o jovem zagueiro, além da vontade do jogador que já declarou querer seguir no clube. A contratação de Vitão se deu por uma norma da FIFA que permitiu a todos os atletas que atuassem na Rússia e na Ucrânia suspendessem seus contratos por até junho de 2023 por causa da guerra entre as duas nações. Sem nenhuma previsão de resolução do conflito, a tendência é que a entidade estenda essa norma até o fim do próximo ano.
O Internacional achou que o momento era de um recuo para aguardar se a FIFA estenderá essa suspensão. Com isso o clube ucraniano perde poder de negociação, visto que o zagueiro brasileiro tem seu contrato com Shakhtar somente até junho de 2024, o que possibilita a assinatura de um pré-contrato com o colorado já em dezembro de 2023.
Coma iminência de perder o jogador sem nenhuma compensação financeira, o colorado especula que os valores pedidos pelos ucranianos diminuam até um montante considerado razoável para a compra definitiva do defensor de 22 anos, que além de retorno técnico, poderá render uma futura venda por cifras bem maiores.
Em 2022, Vitão fez 38 jogos pelo Internacional, marcando 2 gols e tomando apenas 3 cartões amarelos e nenhum vermelho. Além disso, o defensor esteve na pré-lista de Tite para a Copa do Catar.