O Grêmio chega à 4ª rodada do Brasileirão pressionado, vivendo dias de incertezas e decisões delicadas. O confronto contra o Mirassol nesta quarta-feira não é apenas mais um jogo — é um termômetro da paciência da torcida e, principalmente, da direção com o técnico Gustavo Quinteros. A promessa é de manutenção no cargo ao menos até o clássico Grenal no sábado, mas até que ponto essa convicção se sustenta diante de possíveis novos tropeços?
A verdade é que o Grêmio não joga bem, não evolui e parece distante de qualquer perspectiva de reação. Falta qualidade técnica, é verdade, mas falta também um plano de jogo que se encaixe com as peças disponíveis. A leitura é clara: Quinteros está perdido, e a direção, sem convicção, segue pelo mesmo caminho.
Vencer o Mirassol hoje pode aliviar momentaneamente a crise, mas não apaga a instabilidade. E se a vitória vier seguida de derrota no clássico, a situação volta ao ponto de partida. Já uma nova atuação ruim hoje pode antecipar um desfecho que parece inevitável.
O Grêmio vive uma encruzilhada. E quanto mais tempo demora a escolher o caminho, mais fundo se afunda na inércia.
Foto: Lucas Uebel/Grêmio