Por estarmos no “Setembro Amarelo”, é importante refletir sobre o suicídio não apenas como um ato extremo de desespero contra a vida, mas também como algo que pode ocorrer gradualmente.
A desesperança em relação à possibilidade de uma vida feliz, junto à prevalência da pulsão de morte, abre caminho para uma compulsão à repetição de excessos que prejudicam nossa saúde, nos matando aos poucos, seja através da drogadição, má alimentação, exaustão física, etc.
Escolhas equivocadas em relacionamentos tóxicos, que afetam nosso humor, também são mortais.
A depressão, que pode atingir níveis graves de melancolia e entrar em um campo psicótico, facilita a passagem ao ato suicida.
Seja qual for o nível de sofrimento que inibe a pulsão de vida e impede o sujeito de lutar por seus desejos, uma rede de afetos pode ser um grande suporte. Além disso, o trabalho interdisciplinar envolvendo psicologia, psiquiatria, serviço social, entre outros, é essencial.
A psicanálise, que aposta na cura pela palavra, defende que o suicídio deve ser abordado, que sua ideação tenha um espaço simbólico de escuta, proporcionando uma chance à vida.