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O filho de Gal e a “Má-drasta”

Ainda permaneço com dúvidas sobre as acusações de Gabriel Costa, filho de Gal, contra a autointitulada esposa dela, Wilma Petrillo, colocada como uma vilã e suspeita de ter assassinado a cantora, pedindo a exumação do cadáver. Quem está correto? O embate foi apresentado no “Fantástico”.

A acusada mostrou-se amante e amada, exibindo um narcisismo ao sempre ter sido bonita, como se isso a blindasse de qualquer acusação.O filho nega que elas fossem companheiras, o que parece duvidoso, pois Gal era muito discreta sobre sua vida afetiva e sexual, cortando perguntas de jornalistas sobre o assunto. No entanto, uma união estável requer reconhecimento, inclusive público, independentemente da convivência mútua.

No meu imaginário, a “Doce Bárbara” não parecia ser uma mulher passiva ou submissa. No entanto, não podemos saber o que acontece entre quatro paredes. Também não imaginávamos uma Gal perdulária, consumista e endividada, como Petrillo a descreve, não poupando a memória de quem supostamente amava.Por enquanto, duvidar das intenções de ambos é o que mais me toca, pois há interesses em jogo: a herança.

Mesmo que o jovem não seja motivado por isso, há rumores sobre a ambição de sua namorada, que o instigaria.Para minimizar minhas dúvidas, consultei meu amigo jornalista Fabiano Golgo, que trabalhou na Globo, New York Times e CNN de Praga, sobre o caso. Ele trouxe as seguintes ponderações:

-“Acho que o garoto é mais confiável que Petrillo, que parece fria, sem emoção, e nem olhou para Renata Ceribelli no Fantástico. Ela manipulou, ofendeu e ameaçou Gabriel. O filho amava a mãe e era amado por ela, não teria motivos egoístas!”

-“Em tudo, sem provas, pesam os indícios: o jazigo no Rio parecia ser o desejo real de Gal, não o que Wilma impõe em São Paulo.”

-“Joias não são emprestadas em Nova York, mas em Los Angeles (Golgo já fez reportagem sobre isso). Gabriel não teria conhecimento sobre vendas ou empréstimos.” (Por essas e outras, é possível inferir que na parceria, Petrillo não era mais do que um “falso brilhante” de Gal).

Psicanaliticamente, trago a digressão: duvidar é característico da estrutura neurótica, que em excesso requer mais análise. O psicótico tem certeza de seus delírios e alucinações. O perverso nega a lei com sua certeza para poder gozar, o que pode ser o caso de Petrillo. Ela não demonstra estar de luto, sofrendo por um objeto perdido, nem está resgatando a parte mais importante do mesmo, seu filho, demandando proteção e amor, ainda muito jovem.

No campo afetivo, podemos hipotetizar que o filho pode ter um complexo de Édipo não resolvido, o que também poderia incomodar a amante. É relevante ele ter uma namorada trinta anos mais velha, mãe de sua ex.Tudo isso, baseado apenas em indícios e convicções, demanda investigação. E que seja feita a necropsia.

O processo corre em segredo de justiça no TJ-SP, e esperamos que ele determine a verdade sobre a união estável. O caso apresenta uma interface entre o direito de família e a psicanálise, envolvendo disputas pelo corpo, dinheiro e afetos.

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Gaio Fontella
Gaio Fontellahttps://realnews.com.br/category/opiniao/blog-do-gaio/
Gaio Fontella (Psicólogo, psicanalista, graduado e pós-graduado pela UFRGS, comentarista e produtor do “Café com Análise”, no Youtube.
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