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Dificilmente quem se envolve com Jairo Jorge não acaba preso ou processado e não está sendo diferente com Sônia da Rosa.
As servidoras Patrícia Silva e Anelise Nardino atribuíram às compras de livros em excesso, com falsa concorrência beneficiando uma empresa, a ordens diretas de Michele Bartzen, que coordenava a equipe pedagógica da Smed durante a gestão da ex-secretária de Jairo Jorge, Sônia Maria da Rosa.
Patrícia e Anelise foram responsáveis pelos processos de aquisição de quase 400 mil livros da empresa Inca Tecnologia, com o custo de mais de R$ 21 milhões entre julho e agosto de 2022.
Em Porto Alegre, Vereadores abriram duas CPIs para investigar os fatos.
Michele, durante sua oitiva às CPIs, alegou que todas as decisões de escolha de material e fornecedor eram feitas por uma equipe técnica, mas não indicou nomes.
A ex-servidora da Smed fez parte do grupo levado por Sônia para secretaria. Ela foi exonerada e voltou a trabalhar com a secretária na pasta de Educação, em Canoas, com Jairo Jorge.
Sônia Rosa, na CPI, confessou que houve compra em excesso e que aproximadamente trinta por cento dos livros comprados não foram distribuídos por falta de necessidade.
Mostraram na CPI uma foto de uma reunião da ex-secretária de Jairo Jorge com um empresário, de nome Maurício Rech, e a vereadora Mari, engatando com a pergunta se o material dele foi comprado sem licitação, o que foi confirmado por Sônia.
Sônia foi perguntada se Alexandre Boerg, conhecido como “Xandão do MDB”, visitava a secretária. Se ela passou pen drive com solicitação de ata de registro de preço para compra de determinados fornecedores e também mostrou um áudio de conversas sobre os supostos pedidos, fatos que foram negados pela indicada de Jairo Jorge.
Jairo Jorge deu guarida para Sônia Rosa em Canoas e hoje a Polícia Civil esteve na Secretaria de Educação de Canoas com a finalidade de dar andamento às investigações e ver se esse ou outros esquemas foram realizados em Canoas antes da Copa Livre ou no fatídico período em que Jairo Jorge voltou a Prefeitura de Canoas em um dos períodos de retorno entre os três afastamentos judiciais em que foi acusado de corrupção e de liderar quadrilha formada para saquear quase setenta milhões de Reais da saúde.