O prefeito afastado de Canoas, Jairo Jorge, tem usado suas redes sociais com uma intensa atividade comunicativa. Contudo, sua abordagem recente levanta sérias questões sobre a integridade e transparência de suas declarações.
Recentemente, Jairo Jorge, afastado pela terceira vez do cargo municipal por decisão do TRF4, publicou um vídeo antigo em que tenta desmentir alegações de sobrepreço na compra de testes contra a Covid-19. Além disso, fez acusações, sugerindo que seus adversários estariam disseminando informações falsas.
No entanto, é crucial esclarecer que as acusações não vêm apenas de opositores políticos. Instituições respeitadas como o Ministério Público de Contas e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontaram as irregularidades na transação.
Ao analisarmos uma publicação recente de Jairo Jorge no Instagram, identificamos uma tentativa calculada de manipulação da informação. O ex-prefeito fornece dados fragmentados e instruções vagas sobre como acessar os detalhes do processo, omitindo, intencionalmente, as conclusões do Ministério Público de Contas.
Eu posso provar!
Primeiramente vou usar um print extraído do prefil de Jairo Jorge no Instagram:
Notem que o prefeito afastado, Jairo Jorge, utiliza uma boa técnica de retórica, porém, não contava que a Real News está atenta com a Vacina da Verdade para ilucidar qualquer omissão de informações ou fake news.
A verdade é perturbadora: a auditoria revelou um sobrepreço alarmante na compra dos testes de Covid-19. A quantia paga pelo município superou em quase o dobro o valor estipulado na licitação, causando um prejuízo estimado em R$ 916.250,00. Esse descompasso financeiro não apenas evidencia uma gestão inadequada dos recursos públicos, mas também comprometeu potencialmente outras iniciativas vitais de saúde.
Veja o trecho do parecer que Jairo Jorge não quer que você saiba:
Dessa forma, é inaceitável que Jairo Jorge, em meio a acusações de liderar uma organização criminosa, escolha o caminho da desinformação. Os cidadãos merecem transparência e integridade, e é essencial que sejam apresentados todos os fatos pertinentes para uma avaliação justa e informada. A manipulação e omissão deliberada de informações não apenas comprometem a confiança pública, mas também desrespeitam os princípios fundamentais de uma democracia saudável.
E antes que digam que é só um trecho, clique aqui e veja o parecer na íntegra.
Jairo terá muito o que explicar. Recebi a informação de que o Ministério Público de Canoas instaurou um novo processo para apurar crime de improbidade administrativa praticado pelo prefeito afastado.
Entenda o caso:
No cenário da emergência sanitária global, a busca por recursos para o enfrentamento da pandemia se intensificou em todas as esferas governamentais. Contudo, uma investigação minuciosa revela que a gestão municipal de Canoas na pessoa do prefeito, agora afastado, Jairo Jorge, enfrenta questionamentos sérios quanto à aquisição de testes rápidos para a detecção de antígeno Sars-Cov2.
O Processo de Contas Especiais, instaurado para apurar a Dispensa de Licitação nº 08/2022, trouxe à tona irregularidades significativas. Segundo o Relatório de Auditoria, a Equipe Técnica identificou inconsistências no processo de compra, apontando sobrepreço na operação analisada. As conclusões sugerem a imposição de multa e débito a diversos responsáveis, incluindo o Prefeito Jairo Jorge da Silva, o Secretário Municipal de Planejamento e Gestão Fábio Ramos Cannas, a Assessora Técnica Vanilda da Rosa Brusarosco Vieira e a empresa contratada, Super Service Marketing Eireli.
A morosidade nos atos relacionados ao Pregão Eletrônico nº 91/2021 e a falta de critérios na aquisição dos testes emergenciais chamam a atenção. O Executivo Municipal, ao optar pela Dispensa de Licitação nº 08/2022, desconsiderou fornecedores com propostas mais vantajosas, prejudicando a economia pública. A ausência de justificativa para a compra de 100.000 testes em momento de estoque considerável e a iminente conclusão do pregão evidenciam uma gestão ineficiente.
A Auditoria destaca o sobrepreço na aquisição dos testes, apontando que o valor pago pelo município foi quase o dobro do licitado, prejudicando o financiamento de outras políticas públicas de saúde. O prejuízo estimado em R$ 916.250,00 reflete não apenas o valor a mais pago, mas também a falta de planejamento e a ausência de justificativas plausíveis para a compra emergencial.

No âmbito jurídico, a responsabilização dos envolvidos depende da verificação de dolo ou erro grosseiro, conforme a Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro. A análise dos fatos indica a necessidade de uma apuração minuciosa para identificar se a conduta dos gestores configurou falta grave de cuidado, passível de responsabilização.
Confira na íntegra o que disse o Ministério Público de Contas clicando aqui