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Parada Livre e Parada de Luta

A Parada Livre de Porto Alegre acontece neste domingo, dia 10, no Parque da Redenção. Tenho respeito e carinho por todos os espaços afirmativos de luta da comunidade LGBTQIAPN+, independentemente de diferenças na condução, no público e nas ações.

Guardo afeto pela Parada Livre e suas lideranças. Convivi e dei espaço em meu trabalho como produtor e diretor de rádio e TV na Rede Pampa. Nos anos noventa, era frequente a presença de Célio Golin em nossos debates, em parceria com o coletivo Nuances e o Gapa, focando na orientação e combate ao preconceito relacionado ao HIV.

Minha ligação com a Parada de Luta, que ocorre em junho, durante o orgulho, tem identificações e sentimentos. O líder Roberto Seintenfuz, com a saudosa Silvinha Brasil e seus apresentadores, proporcionou espaço para a divulgação do meu romance homoerótico e histórico, “O Muro do Mosteiro”.

Recentemente, minha parceria com Seintenfuz foi retomada por Gil Cunha, jornalista e RP, que anteriormente foi meu auxiliar de produção no Estúdio Pampa. Abordávamos temas como a situação das travestis, a violência e a prostituição, dando atenção aos garotos de programa.

Há um ano, meu projeto “Feira Baile da Diversidade” foi acolhido na Praça Brigadeiro Sampaio, graças à prefeita Marivane Anhanha Rogério. Gil nos levou à parceria da Parada de Luta.

Além disso, sou um militante histórico, tendo trabalhado na primeira campanha pós-ditadura para eleger José Carlos Oliveira, o saudoso Zesinho, cujo mote era ‘Desobedeça’. Por isso, integrei a ONG Desobedeça, que lidera a Parada de Luta junto a outros coletivos.

A Feira e Baile da Diversidade, honrosamente, inaugura a virada cultural Silvinha Brasil. Ganhei confiança para trabalhar com paixão no marketing de vendas e produção de eventos. Seguimos com parcerias qualificadas da Prefeitura de Porto Alegre, Governo do Estado, FESTURIS e a maior feira latino-americana de turismo, cuja CEO, Marta Rossi, há tempos apoia a causa “Gay Friendly”.

Na equipe de Marta, destaco o casal Dan e Jardel Hay, da Gramado Pride, que além de eventos da diversidade, realizam um trabalho inovador na hotelaria, desarticulando preconceitos e promovendo um melhor acolhimento aos turistas LGBTQIAPN+.

Independentemente do espaço, não podemos esquecer: o inimigo é o preconceito, a homofobia e a transfobia. Sem sectarismos, todos os eventos devem ser livres de preconceitos, mas jamais de lutas.

 

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Gaio Fontella
Gaio Fontellahttps://realnews.com.br/category/opiniao/blog-do-gaio/
Gaio Fontella (Psicólogo, psicanalista, graduado e pós-graduado pela UFRGS, comentarista e produtor do “Café com Análise”, no Youtube.
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