Desde sexta-feira passada a Prefeitura de Cachoeirinha anunciou a presença da sua “Guarda Municipal” nas Escolas da rede Municipal. Isso gerou um clima positivo entre os pais dos alunos da rede e chegou a ser enaltecido aqui por Gravataí, pelo Vereador Bombeiro Batista, que postou a atitude da cidade vizinha como exemplo a ser seguido por Gravataí.
Contudo, nossa reportagem recebeu diversas denúncias de quê a história não era bem essa. Naturalmente, quando se fala na presença da Guarda Municipal nas escolas, se imagina Agentes armados, que tenham total condições de coibir tentativas de invasão de algum “maluco” disposto a atrocidades. É neste contexto o medo da população.
Mas a realidade em Cachoeirinha não é esta! Haverá sim, a presença de um Agente da Guarda Municipal, mas, quase todos eles estão lá desarmados. Tratam-se de Agentes que foram deslocados de funções administrativas, que não possuem porte de armas e boa parte de idade avançada, que teriam dificuldades em reprimir um eventual ataque.
Além disso, eles estariam atuando sem sequer utilizarem rádios comunicadores. E isso tudo estaria gerando um clima de muita insegurança junto à corporação. A avaliação interna é de que a prefeitura está colocando estes Agentes em situação de risco, pois todos, inclusive a marginalidade, acreditam que eles estão armados. O termo utilizado é o de Periclitação à Vida, que é quando se impõe a alguém o risco a sua vida ou saúde.
Tivemos acesso a mensagens trocadas por Agentes da Guarda e o clima é mesmo de muita tensão.
A presença destes Agentes nas escolas deverá seguir até a contratação de empresa terceirizada que coloque porteiros em seus lugares.
Apenas como comparação com a situação de Gravataí, até sexta-feira passada não havia sequer alguém na portaria das escolas da cidade vizinha, enquanto aqui em todas têm Vigias treinados e com Rádio Comunicadores.
Tentamos conversar com o Prefeito de Cachoeirinha, Cristian Wasen, mas como de praxe ele não nos atendeu, embora prometido.