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A Inquisição da esquerda desinformada queima sua primeira ‘bruxa”

Eu recebi há pouco a notícia do desfecho da polêmica que tomou conta de Porto Alegre nos últimos dias. O Bar Opinião divulgou uma nota cancelando a apresentação da banda norueguesa Mayhem que ocorreria na próxima terça -feira (21).

E o motivo do cancelamento é no mínimo preocupante. Um grupo de pessoas, sem o mínimo conhecimento do que é a cena de metal extremo, juntou um punhado de imagens e falas descontextualizadas, antigas e vindas de fontes tendenciosas (que odeiam black metal) e fizeram uma thread no Twitter acusando a banda, que deve ser o maior expoente da música norueguesa conhecida mundialmente, de nazismo. Simplesmente por que não gostaram da estética ou até mesmo da temática anticristã adotada pela banda.

Não houve checagem de letras, não houve pesquisa em sites de notícias sobre alguma polêmica sobre nazismo envolvendo a banda, não houve consulta há quem realmente esteja na cena combatendo reais ameaças nazistas no estilo, porque sim elas existem, e não houve o mais importante responsabilidade.

Porque é no mínimo irresponsável fazer denúncias na internet, ainda mais quando essas denúncias são abraçadas por políticos que também nada sabem do assunto. O “efeito manada” é inevitável e em questão de minutos, a fake news vira verdade e seus propagadores do nada estão em lives com autoridades com toda pompa de PHD’s no assunto.

Sem mostrar uma evidência sólida e não admitindo sequer a possibilidade de terem cometido um equívoco. O resultado? Pessoas que são notórias por combater o nazismo no metal extremo, de repente se veem ameaçadas por pessoas que agora se julgam mais antinazistas que elas, apenas porque não questionaram uma acusação sem fundamento.

O mais engraçado de tudo isso, é que os políticos envolvidos na molecagem fictícia eram para estar do nosso lado, porque a gente esperava algo do tipo no governo anterior, comandados por algum deputado pastor do PL, mas não, é gente progressista, que vivia reclamando de notícias falsas caindo num bait gigantesco e dando espaço para os inquisidores da desinformação.

E o cancelamento talvez tenha sido prudente, pois esperava sim confronto, dos admiradores da banda, que passaram as últimas horas juntando inúmeras evidências irrefutáveis de que a banda nada tem a ver com nazismo, contra os donos da verdade, os paladinos de uma nova ala da esquerda, a esquerda da moral e dos bons costumes, os tiozões do zap que vestem vermelho.

O que nos espera? Não sei, sinceramente eu não sei, mas se a coisa continuar desse jeito talvez o Krisiun, maior expoente do metal extremo gaúcho, não possa mais tocar na sua terra. Vai que acham alguma coisa né? Confundam um pentagrama com uma suástica ou de repente descubram que bandas que estão por tocar ou já tocaram por aqui já dividiram o palco com o Mayhem, que é tão nazista que tem show marcado para Israel para o próximo dia 29 e já estiveram por lá no início de 2020.



Para ilustrar este artigo, eu publico a foto onde o baterista Hellhammer e o baixista Necrobutcher estão com prêmio Spellemann, o Grammy norueguês, que a banda ganhou em 2008 pelo álbum “Ordo Ad Chao”. Nada mal para uma banda nazista não é mesmo?

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