O vereador alertou para um grave problema: Jairo Jorge está afastado do cargo de prefeito, acusado de corrupção, e sua esposa é citada no processo por manter diálogo e fazer sociedade com alguém também investigado por corrupção. O vereador fez uma postagem nas redes sociais alertando que a esposa de Jairo Jorge, Thais Pena, estaria se aproximando da MACA e alertou para o risco de mais problemas na cidade, referindo que iria informar ao Ministério Público.
Juarez Hoy foi atacado por um cabeleireiro chamado Giovani, que alegou que o vereador apenas se servia do cargo e não servia ao povo. Como Juarez tem personalidade forte e não leva desaforo para casa, perguntou se o cabeleireiro fazia “barba, cabelo e bigode” e escreveu que ficou com vontade de mandar o cabeleireiro “tomar no c”, mas que não iria fazer. Imediatamente apagou a postagem por ter se rebaixado ao nível de quem o atacou, mas não escapou do famoso print e da repercussão politiqueira, nem mesmo da vitimização do ofensor, que se disse vítima de homofobia.
Essa interpretação do ofensor foi muito conveniente para ele, mas podem existir outras. Ao referir-se a “barba, cabelo e bigode”, o vereador pode estar se referindo ao assunto que denunciava, que era corrupção. Pela relação de Giovani com a MACA e com a esposa de Jairo, será que ele não quis insinuar que se tratava de um laranja daqueles que é “pau para toda a obra”, ou seja, que faz o serviço completo, como um cabeleireiro que faz barba, cabelo e bigode? Ao dizer que não iria mandar o que ele tinha vontade de mandar, não poderia ser um sinal de que não cairia na provocação? Não há nada no comentário que sugira qualquer tipo de preconceito contra a orientação sexual do cabeleireiro, e no processo penal não há margem para interpretação. A homofobia alegada parece não passar de uma cortina de fumaça, uma forma de tentar desviar a atenção da denúncia feita. É lamentável que em vez de debater a questão da corrupção, as pessoas se percam em acusações infundadas e tentativas de vitimização.
Além disso, a atitude de Giovani de se oferecer para ocupar um cargo público sem receber salário é, no mínimo, suspeita. Sempre desconfiei de quem dispensa o salário. Ou sabe que não irá merecer o salário porque quer apenas o status do cargo e não quer se dedicar à função, pois vive de outra renda e só quer se promover, ou se trata de um mentiroso que quer fazer campanha antecipada enganando o povo, como alguns que prometeram não ocupar todos os cargos depois de eleitos e até escreveram um livrinho que acabou se tornando obra de ficção científica, ou pretende viver de propinas que valem mais do que o salário que receberia se trabalhasse corretamente. Enfim, não sei o que leva alguém a trabalhar sem receber salário, mas boa coisa não me cheira.
Vez que outra aparecem oportunistas políticos que querem aparecer nas costas de quem já tem anos de história de trabalho.
Melhor o vereador não dar palco para quem não merece.
É dever de todos zelar pela honestidade e transparência na gestão pública, e as denúncias feitas pelo vereador Juarez Hoy merecem ser investigadas pelo Ministério Público com rigor. Não podemos deixar que cortinas de fumaça e desvios de foco nos impeçam de lutar por uma cidade melhor de se viver.