O partido político MDB de Gravataí é uma instituição tradicional na quarta maior potência econômica do estado. O fenômeno histórico de concentração de poder nas mãos dos líderes políticos locais, conhecido como coronelismo, parece estar em declínio. Enquanto isso, o maior partido de oposição na cidade, o União Brasil (UB), está se fortalecendo. Em 2024, o UB poderá se tornar um grande adversário do MDB, especialmente depois que Bombeiro Batista, presidente do União em Gravataí, causou um grande impacto dentro do partido rival, trazendo a Conselheira Tutelar, Cris Moreira, para sua agremiação.
O MDB de Gravataí está passando por um momento delicado, com relatos de lutas internas e disputas de poder que enfraquecem ainda mais o partido. Além disso, a sua popularidade está diminuindo, como evidenciado pelas pesquisas de opinião. Uma das razões para isso é a falta de renovação dentro do partido. A liderança do partido é composta principalmente por figuras políticas antigas e sem ideias inovadoras.
Com a adesão de Cris Moreira ao União Brasil, fica claro que a estratégia é construir uma base sólida de eleitores e um partido forte para enfrentar o MDB em 2024. Cris Moreira era filiada ao MDB há oito anos e é conhecida pelo belo trabalho que realiza em ONGs e, obviamente, no Conselho Tutelar. Ela é uma grande mulher, líder e com grande proporção de votos. Perder alguém com esse potencial é péssimo para qualquer partido.
Mas não é somente o partido que perde, o presidente do Legislativo, Alison Silva perde uma de suas maiores apoiadoras, não somente apoiadoras, mas mais de 50% dos votos de Alison vieram através da Conselheira Cris Moreira. Alison fez 1858 votos, enquanto Cris Moreira para o Conselho Tutelar, fez 1054. Uma grande perda para o presidente do Legislativo, que pelo que sei através do “rádio corredor” ficou nervoso, estarrecido, apavorado, chocado, entristecido, cabisbaixo, e por ai vai.
O coronelismo em Gravataí parece estar em declínio, enquanto o União Brasil está ganhando força. O cenário eleitoral de 2024 está se movimentando lentamente, mas para derrubar definitivamente o poder econômico de Marco Alba e seus aliados, a oposição precisará de muito mais que união, precisará colocar o pé no barro.
