Na noite do último sábado (21), o Internacional não passou de um empate em 2×2 contra o Juventude na estreia do Campeonato Gaúcho. Pouco menos de 20 mil pessoas acompanharam a partida no Beira Rio e após o apito final, ainda que abafadas pela maioria, ouviu-se algumas vaias ao time colorado.
É claro que tem que se levar em conta que era penas o primeiro compromisso do ano, mas a torcida certamente esperava mais dos comandados de Mano Menezes.
Do meio pra frente a equipe até produziu boas chances, quem destoou foi o centroavante colorado Alemão, que não conseguiu se sobressair diante da marcação da equipe da Serra e pouco apareceu. As investidas coloradas acabaram parando no nome da noite, o goleiro Pergorari.
Wanderson se mostrou rápido e voluntarioso, mas precisa acertar a finalização, foram pelo menos três oportunidades de chute em que todas pararam no arqueiro alviverde. Pedro Henrique, seu substituto, precisou de bem menos, foram dois chutes e um deles foi o golaço que anotou a igualdade no marcador, indicando que talvez possa ser cogitada uma inversão de titularidade.
A defesa foi o mais preocupante. Johnny, que atuou de primeiro volante, jogou abaixo da média e perdeu a bola na origem do primeiro gol dos caxienses. Bustos não apoiou como de praxe, talvez anulado pelo bom esquema de Celso Roth. Keiller espalmou uma bola defensável nos pés do centroavante adversário e Vitão, que sempre foi consistente, tirou errado uma bola de cabeça em um lance que deveria ser chutada para longe e teve infelicidade de ser o desvio que matou o goleiro colorado no segundo tento do Juventude.
Esse empate seria um choque de realidade? O time não está tão pronto quanto parecia no fim do ano passado? Nem tão ao céu e nem tão ao inferno. Apesar das instabilidades defensivas, que devem ser corrigidas nos próximos embates, a equipe de Mano se mostrou produtiva e criou boas chances, claro que é necessário que as finalizações sejam mais certeiras para que o time não tenha que correr atrás do placar durante todo o tempo.
Contratações também são necessárias, ao menos um meia, um volante e um centroavante matador. A direção tem que buscar jogadores que venham para jogar no time titular e que já cheguem fardando.
Baralhas pode até ser útil, mas chegará para compor grupo e nesse ano de Libertadores e em que precisamos retomar a taça do estadual, é imprescindível um grupo mais cascudo.
O empate de sábado não é terra arrasada, mas acende uma luz amarela na torcida que já inicia o ano com uma ainda leve desconfiança e isso não pode permanecer assim.