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Bolsonaro arregão

Bolsonaro flertou com o golpe desde quando era um insignificante pra lamentar (não escrevi errado) do baixo clero.

Bolsonaro dizia que “voto não muda nada nesse país”.

Ele dizia que, se fosse eleito, teria que “dar um golpe no primeiro dia e fazer o que a Ditadura não fez, matando uns 30 mil”.

Matou muito mais de forma indireta, por burrice. Bolsonaro foi eleito e não deu golpe no primeiro dia, nem no último.

O filho dele disse que “fecharia o STF com um soldado e um cabo”.
Bolsonaro encheu o governo de militares, mas não apareceu nenhum soldado ou cabo sequer que tentasse dar vazão ao seu sonho golpista.

Bolsonaro sempre foi uma fraude, vivia de blefes.

Sobrevoou o STF de helicóptero, andou a cavalo na frente da Corte, convocou a militância, disse que não iria aceitar nenhuma ordem de Ministro do STF, mas foi fotografado, à noite, abraçado ao Ministro Tofolli.

Bolsonaro convocou sua militância para vários “sete de setembro”, para testar sua popularidade e para ver se tinha força para um golpe militar.

Ao perceber que não teria o apoio imaginado, resolveu dar mais um discurso patético sobre uma suposta virilidade.

Ele não teve coragem sequer de tentar fazer o que sua militância queria.
Acadelou-se em um discursinho de chorão e fugiu para a Disney, para tentar emprego como Pateta, virando um meme inevitável.

A militância desistiu do Bolsonaro.
Foram para a frente dos QGs, bateram continência para pneus, agarraram – se em caminhões, cometeram atos que foram, desde patéticos, até criminosos.
Bolsonaro não será uma liderança em termos de oposição.

O lugar dos covardes é na lata do lixo da história.

Moro quis fazer isso com o Lula dando “prazo para se entregar” para ser preso, crente que estava lidando com um arregão.

Na verdade, ele queria que Lula fugisse como fez Bolsonaro e se tornasse um nada.

Lula foi homem.

Lula disse que não iria fugir, que iria mostrar que Moro era um político de Toga covarde, o desafiou a tirar a Toga e o enfrentar nas urnas.

Acabou que Lula conseguiu provar com a Vaza Jato que Moro era mesmo um político de Toga suspeito e Moro não conseguiu sequer concorrer à Presidência, Moro se tornou Senador lambendo o Bolsonaro em quem havia acabado de cuspir e hoje está no partido da base do Governo Lula Presidente.

Lula mostrou que é um homem dando a volta por cima e Bolsonaro mostrou que é um covarde que saiu por baixo.
Vai ficar marcado para sempre como o ex Presidente falastrão que enganou seus seguidores, iludiu com suas fakes, fingiu ser um homem de coragem mas agiu como uma gazela assustada, um moleque de cueca suja, um cusquinho que só sabia latir, mas que ao primeiro pisão mais forte no chão, sai correndo com o rabo entre as patas.

Lula poderá até ter oposição, mas o líder desse movimento certamente não será o arregão do Bolsonaro.

Hoje Lula nasce para um terceiro mandato e Bolsonaro morre para a política, ao menos para algum cargo de relevância.

Talvez consiga voltar a representar a zona Oeste das milícias cariocas e volte a ser um Deputado do baixo clero insignificante, se não for condenado e capturado pela Interpol até o próximo pleito.

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Rodrigo Schmitt
Rodrigo Schmitthttp://realnews.com.br
Advogado criminalista há 25 anos, jornalista e gremista de coração

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