O futuro ministro da Fazenda Fernando Haddad declarou nessa segunda-feira (19) que mesmo com a decisão que retira os recursos do Bolsa Família do teto de gastos, o governo eleito manterá o empenho para passar PEC da transição no Congresso Nacional.
Haddad foi questionado sobre o assunto após o ministro do STF Gilmar Mendes determinar nesse domingo (18) que recursos destinados a benefícios sociais fossem excluídos do teto de gastos atendendo um pedido da Rede Sustentabilidade.
Mesmo não sendo mais uma urgência do futuro governo e a decisão de Mendes ter dado um certo alívio a equipe de transição, Haddad destacou a importância da aprovação da PEC:
“No que me diz respeito, a negociação permanece porque é importante para o país apostar na boa política, na negociação e na institucionalidade para a gente dar robustez para a política econômica que vai ser anunciada e que vai aplacar os ânimos e mostrar que o Brasil vai estar no rumo certo a partir de 1º de janeiro. É muito importante dar o conforto para as famílias de que não haverá nenhum tipo de prejuízo do programa mais exitoso criado pelo presidente Lula, de transferência de renda. Dá conforto para as famílias. É muito importante, mas vamos perseverar no caminho da institucionalidade e da boa política”, disse o futuro ministro a jornalistas.
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal garante a manutenção do programa de distribuição de renda de R$ 600 que á partir de janeiro volta a se chamar Bolsa Família e ainda pretende ter um adicional de R$ 150 para cada criança até seis anos. O programa foi uma das principais promessas de campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Ainda no final da tarde dessa segunda-feira (19), Lula e Haddad se encontrarão para discutir as estratégias para que a PEC da transição seja aprovada. O texto tem a previsão de ser votado nessa terça-feira (20).