Sim! Está aberta a temporada de caça e demagogias por parte da maioria dos postulantes a cargos no legislativo gaúcho e na câmara federal, os mais diferentes nomes com suas temáticas ensaiadas com montagens e luzes para pegar o melhor ângulo e compartilhar nas redes sociais e muitas reuniões, jantares, festas com refeições gratuitas, aqui no Brasil isso é conhecido como campanha eleitoral.
A eleição começou, após as convenções das principais siglas partidárias, começa o festival de enrolação, propostas mirabolantes, daqueles que só enxergam na ascensão política a oportunidade de crescimento pessoal e financeiro – sim, de forma direta é o que a maioria pretende uma carreira política vantajosa, bajuladores e status.
Em análise, não é difícil verificar que as câmaras de vereadores por aí estão repletas de oportunistas e pessoas que investem dinheiro (muito dinheiro) para locar votos de pessoas que não entendem nada de política e cidadania, assim ocupando um espaço se valendo, do provisório, título de legislador como sua vaidade e ganha pão, talvez por falta de condições de ascender na iniciativa privada, cheia de concorrências e exigência de capacidade técnicas, talvez.
Mas o objetivo desse ensaio é outro! Porque “agora é oficial”, muitos candidatos tentam manter seus nomes para o público/eleitor, “aceitando o desafio a concorrer a deputado estadual ou federal” – risos – A verdade é que esses seres simpáticos, sorridentes que adoram uma foto, e, literalmente fazem malabarismo para aparecer ao lado de personalidades políticas mais conhecidas, como candidatos a governadores, presidentes e senadores, chega a ser constrangedor a maneira que se agarram e forçam uma intimidade visivelmente inexistente, os políticos com maiores envergaduras e popularidade, nada podem fazer, entram no jogo e participam da cena, dando ao postulante o material necessário para circular em panfletos e redes socais, como se fossem amigos de infância.
A falsidade impera de tal modo que alguns não conseguem disfarçar os constrangimento de ser abraçados e gravados com frases de apoio robóticas e comuns para todos.
Toda essa montagem eleitoral, para os candidatos criarem soluções mágicas em seu discursos, apresentar-se como representante desse ou daquele tema, segmentos ou público, mas nenhum – nenhum mesmo – é capaz de verbalizar com clareza sua principal função constitucional, “fiscalizar o executivo” ou “legislar em favor de todos”, não só do seu público que autodeclarou no momento de sua propaganda politica criada para repetir os velhos discursos que sempre fazem parte das campanhas eleitorais, talvez esses nobres postulantes deveriam ser apresentados à CF/1988 pelo menos pra iniciar e não falar tanta besteiras.
Essa patuscada que é nosso sistema e processo eleitoral é fruto do perfil do eleitor, que alimenta essa falta de qualidade técnica, cinismo e demagogia que é apresentada a cada dois anos. Afirmo isso, porque esses politiqueiros se alimentam da ignorância e falta de atenção de alguns eleitores, que banalizam a importância do voto fazendo com que os espaços sejam ocupados por pessoas com intenções nem sempre republicanas.
De outro lado, temos que aqueles parlamentares que realmente contribuem de forma horizontal com a política e sistema no Brasil, infelizmente poucos, mas identificáveis, pois não apelam a conchavos, ou práticas eleitorais de compra de votos (podemos contribuir e acompanhar, aqui por exemplo: https://www.politicos.org.br/Ranking?idRegion=21®ionPrefix=RS), onde sempre há deputados gaúchos como referências nas listas, o que comprova que é possível com seriedade e valores escolher pessoas decentes – Abra o link e confira como está o politico que você votou.
Ao contrário dos oportunistas, esses parlamentares são exemplos e devem ser valorizados, assim como nossas críticas e posição devem ser valorizados, quando o eleitor mudar o Brasil muda, é preciso ter atenção com quem se vota, afinal quando concorremos a uma vaga de emprego, temos que ser o melhor, mais capacitado e com passado probo, ilibado e decente, mas para a política isso é totalmente ignorado, não podemos ser representados por pessoas ruins, por que o Estado e nossa Cidade está cheia de pessoas boas e decentes.
A política faz parte de nossas vidas, ignorar ou não participar é um erro, banalizar pior ainda. Todas as decisões passam por questões políticas, as pessoas precisam entender que a omissão cria espaço para falta de qualidade e corrupção, é necessário priorizar valores e dedicação que nossa política e sistema tanto precisa.
Um Agosto cheio de Luz e prosperidade a todos.