Seja na esfera federal, estadual ou municipal, a política, em maioria, foi dominada por parasitas, sim! Parasitas, indivíduos que estão à frente da gestão pública muitas vezes com pouca ou nenhuma condição de ocupar espaços de decisão. O erro da equação está na omissão e descaso daqueles que não se preocupam com isso, aqueles que citam “eu não gosto de politica”. Os espaços dos legislativos, tornaram-se uma incubadora de agentes políticos eivados de más intenções, vaidades e ambições, onde criam os mais repugnantes agentes da política que vemos constantemente em noticiários sendo protagonistas de escândalos de corrupção, crimes organizados e desvios de dinheiro.
Mas por que sustentar que a culpa é daquele que se omite? A exemplo de nossa cidade, vemos que a falta de atenção com a política local, gerou o atual cenário, a ponto de Canoas atualmente ser palco de inúmeros escândalos de corrupção e outras suspeitas de crimes contra a coisa pública (…). Mesmo com a atuação do MP e das autoridades investigadoras, o canoense que depende das indicações políticas e atuam nas linhas de frente, dos falidos serviços a população, mantém o discurso e coro do “nada consta”, sobre fortes compartilhamentos de mensagens que está tudo bem. Será? Esperar esclarecimentos de quem depende desse sistema (o militante) é uma ilusão, contudo o que chama atenção é a falta e omissão daqueles prejudicados por esse sistema, “os que não gostam de política” os empresários, empreendedores de Canoas e população de bem em geral, vítima de uma sistema que só funciona para seus próprios membros ou quem se dispõem em bater palmas cegamente para os gestores, que indicam seus CC’s ou vassalos. A verdade é que aqueles que não participam com voto consciente acabam sendo vítimas, junto com a população mais carente, da incompetência dos atuais gestores e CC’s, que só atendem seus próprios interesses, infelizmente essa é a política local que temos.
Aqui na cidade do avião, aquela velha política de “ser obrigado a trazer no mínimo 10 pessoas para tal evento”, sob ameaça de perder seu cargo comissionado, se mantém há anos, somado com uma perigosa e nova modalidade política, a ameaça – nos modelos das periferias fluminenses – uma verdade que muitos escondem e só se escuta nos corredores das prefeituras de muitas cidades por aí. Há muito tempo se alerta no estado todo, para a falta de qualidade nos legislativos, resultando nas crescentes denúncias de esquemas de corrupção e omissão do papel primário do legislativo de fiscalizar o executivo e garantir a lícita aplicação dos recursos públicos.
Mas, há pessoas boas nesse meio também e outras que com conhecimento e espírito democrático que se dispõe a representar a sociedade de forma adequada, essas geralmente não estão com grandes grupos nas ruas gastando o dinheiro público, não fazem megas carreatas, festas de lançamentos e caminhadas de $ 50,00 o dia. Ao contrario, bons cidadão apresentam-se de forma discreta, sustentando conhecimento e competência para fazer, são essas pessoas que devemos valorizar e ter atenção. O dever é de todos, afinal quando “não gostamos de política” ou “não nos envolvemos em política”, nos tornamos vítimas de maus políticos, e de certa forma cúmplices, pois deixamos os espaços que deveriam se ocupados por homens bons, compromissados com a verdade e melhor caminho, aliás uma definição de vereador é o caminho – Originário do grego antigo, o vocábulo vereador vem da palavra “verea”, que significa vereda, caminho. O vereador, portanto, seria o que vereia, trilha, ou orienta os caminhos, o bom caminho.
Sempre que possível vamos lembrar o leitor da RealNews, que precisamos da participação ativa daqueles que pensam no bem comum e na integridade da política, porque todos dependemos das decisões de políticos. O desafio é grande e a mudança é difícil, mas não é impossível. Como sempre, acreditando em dias melhores para todos, sem exceção.