A Polícia Civil desencadeou na manhã desta quinta-feira a operação Blackmail II para combater uma quadrilha responsável por aplicar o golpe da venda da casa própria. A ação ocorreu em Canoas e Nova Santa Rita, sendo mobilizados 30 agentes para cumprirem sete ordens judiciais, sendo quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária.
A coordenação foi da titular da 4ª DP de Canoas, sob comando da delegada Tatiana Barreira Bastos. Houve a apreensão de telefones celulares, notebooks e documentos. Todo o material será agora analisado. Estão sendo investigados os crimes de extorsão, estelionato e associação criminosa.
A operação Blackmail I foi deflagrada no dia 8 de dezembro do ano passado, quando foram cumpridos 18 mandados judiciais de busca e apreensão e outros 11 mandados de prisão temporária em Canoas, Esteio, Nova Santa Rita, Porto Alegre, Gravataí e Ijuí. Ao menos 15 vítimas na época foram lesadas em mais de R$ 800 mil.
Segundo a delegada Tatiana Bastos, o golpe da falsa venda de imóvel continuou a vigorar com novas vítimas depois da primeira fase da operação. Os indivíduos responsáveis pelo prosseguimento do crime foram então identificados neste novo trabalhgio investigativo.
O golpe envolve uma negociação fraudulenta de compra e venda de imóvel na qual, após a suposta conclusão da transação, inclusive com assinatura de contrato e pagamento de valor de entrada, a pessoa é impedida de ingressar no imóvel mediante graves ameaças via mensagens de WhatsApp. Os golpistas até mesmo identificam-se como membros de facção criminosa.
“É vital uma resposta enérgica dos órgãos de segurança contra crimes desta natureza, que destroem o sonho de uma família em adquirir um imóvel próprio, o que muitas vezes envolve vários anos de trabalho e dedicação a fim de obter o valor financeiro necessário, além do grande trauma causado pelas ameaças à integridade física das vítimas”, frisou a titular da 4 DP de Canoas.