A expectativa do trabalhador assalariado é a chegada da sexta-feira, a recente, mais nem tanto, expressão do “Sextou” já é um patrimônio popular, principalmente para quem está nas casas da máquinas, fazendo o trabalho braçal e discreto, para que os mais opulentos possam desfrutar das maravilhas da vida nos andares superiores. O trabalhador brasileiro é aquele indivíduo que sobrevive às mais complexas e maldosas dificuldades que um país onde a injustiça social é regra e alimentada pelo Estado.
O poder de resiliência do povo é inacreditável, só menor que a passividade desse mesmo povo, como cavalos em carroças trabalham sem reclamar do peso que arrastam, por muitas vezes não ter condições de enxergar de forma mais ampla. Infelizmente, o sistema/mecanismo conseguiu criar no Brasil, informalmente, um sistema de castas, nos moldes existentes na Índia – por exemplo. Mas “o sistema é f#da parceiro…”, está sempre nos surpreendendo, além da criação de castas, conseguiu dividir os brasileiros por categorias, através do politicamente correto, ideologias de gênero, políticas e mais uma infinidade de pautas Estatais que criaram um clima de divisão total entre nós.
A mecanismo do mau fez com que o povo não dialogasse mais com cortesia, ao contrário, as pessoas vivem em um clima de grenalização, o maior êxito do sistema e dos andares superiores foi a criação do “nós contra eles”, sendo que todos são filhos da mesma mãe, a pátria amada Brasil, que assiste seus filhos brigando por motivos torpe.
O recurso do brasileiro para essa realidade torturante é a fuga e descanso, para o assalariado, materializado no final de semana. A vontade da Sexta-feira para o trabalhador inicia já na Segunda-feira, o que é justificável, pois os últimos anos o brasileiro só tem trabalhado e voltado para suas casas, sem expectativas de evolução social ou financeira, limitando em se alimentar – com dificuldades devido a inflação e crises – descansar e assistir a vida como espectador, perdendo o protagonismo de sua própria vida as vezes, ou seja, anestesiado por séries, bebidas, futebol, aplicativos e memes.
Lembrando o leitor que estamos apontando o brasileiro que faz parte da maioria, o trabalhador, aquelas pessoas fazem contas para o final do mês apreensivamente, que quando vão às compras olham com tensão os números na caixa registradora e torcem para que as compram entrem no limite do saldo dos cartões, esse é o povo brasileiro que falamos, da casa das maquinas, que passam por tudo isso, assistindo os gestores públicos usarem os recursos de seus penosos impostos, em cerimônias pomposas e gastos absurdos, esses gestores dos andares superiores não fazem ideia do trabalho que gerou seus privilégios de primeiro mundo.
Analisamos a realidade que vivemos atualmente, para entender porque a sexta-feira é tão aguardada e celebrada. O efeito anestésico do futebol, novelas e idolatria por artistas e pseudo-intelectuais (humoristas), acabou ou reduziu muito. Em nosso país uma histeria ideológica, insegurança jurídica, polarização e um exercito de especialistas opinam sobre tudo e todos. Em nosso estado uma crise de identidade, que têm gerado uma falta de empatia típica do gaúcho moderno e jovens. Em nossa grande cidade uma crise de corrupção na gestão de saúde, ignorada por políticos que insistem nos vídeos web como solução.
Essas situações nos levaram a uma mudança perigosa, mas inevitável, algumas pessoas perderam a fé no Estado, isolando-se socialmente, depositando esperança na chegada da sexta-feira como seu ferrolho. A alegria do “sextou”, expressão aparentemente bem humorada, demonstra não só o início do final de semana e descanso, mas uma carência social que o brasileiro adquiriu nos últimos anos, sem perceber.
Penso que também merecemos subir aos andares superiores e viver um pouco mais relaxados e com expectativas positivas todos os dias, viver de segunda à segunda aproveitando os frutos de nossos trabalhos nos andares superiores, para isso precisamos resgatar a esperança em dias melhores, comemorar cada dia como uma sexta-feira de trabalho e evolução, acreditar em dias e tempos melhores e não deixar que o sistema nos tranque apenas em nossas rotinas de trabalho impondo apenas o “sextou” como um dia a ser comemorado. Um bom feriado e final de semana. Na segunda-feira a sala das máquinas nos espera.
Essência
A INTENÇÃO DOS CANDIDATOS FIGURANTES
A polarização política para as eleições de Outubro é evidente e inegável, mesmo assim teremos candidatos de outras siglas concorrendo ao planalto, ainda que sem nenhuma expressão nas “duvidosas pesquisas”. O povo já percebeu que estas candidaturas fazem parte da velha e asquerosa tática de negociação de apoio para o segundo turno. Resta agora saber duas questões: haverá 2º turno ? E qual dos candidatos sucumbirá às negociatas que tanto fazem mal ao país? Aguardemos.
O ANÚNCIO DE LEITE E A EXPLICAÇÃO AOS GAÚCHOS
O anúncio da pré-candidatura de Eduardo Leite, na última segunda-feira, criou expectativas da possibilidade de dar seguimento às reformas e projetos vitais para o RS iniciadas no governo Leite. A decisão dos tucanos também contribui para as definições dos postulantes ao Palácio Piratini, com a decisão do Ex-governador começa se definir o cenário, os partidos irão nas próxima semana confirmar alianças e indicações, fechando a fase de negociações. O anúncio já esperado, teve como protagonistas, o discurso explicativo de Leite sobre suas promessas e posição em relação a reeleição, destaque também para o atual Governador, Ranolfo Vieira Júnior, abonando a decisão de Eduardo Leite e motivando os tucanos.
UM NOVO GOVERNO, QUEM SAI E QUEM FICA
Em Canoas, o governo do atual prefeito tem seguido firme nas substituições das pastas, algumas com mudanças radicais, outras nem tanto. A saída voluntária de alguns membros do governo não causa estranheza, uma vez que muitos eram defensores ferrenhos da gestão Jairo Jorge, mesmo estando afastado. As mudanças fazem sentido, uma vez que alguns políticos já consideram estar em um novo governo. As mudanças também atingem a eleição deste ano, pois no início do governo havia no mínimo 3 candidatos a deputados com um possível apoio do prefeito Jairo, atualmente alguns até já saíram do governo.