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Delegado do caso Edenilson relata ameaças de torcedores do Corinthians

O delegado Carlos Butarelli, que foi responsável pela prisão em flagrante do jogador de futebol Rafael Ramos, do Corinthians, após denúncia de injúria racial contra o também jogador Edenilson, do Internacional, no último sábado (14), relatou ter sofrido ameaças de torcedores do time paulista nas redes sociais.

Edenilson registrou queixa na políciaem uma sala do estádio Beira-Rio após a partida e deixou o estádio sem falar com a imprensa. Ele acusa o português Rafael Ramos de tê-lo chamado de “macaco” durante a partida. O jogador corintiano foi autuado em flagrante por injúria racial e liberado após pagamento de fiança de R$ 10 mil. Ele nega a acusação e diz que houve um mal entendido.

De acordo com a delegada Ana Luiza Caruso, da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre, que assumiu a investigação do caso, Butarelli passou a receber ameaças na internet após o caso ter se tornado público.

“Ele me disse que no domingo passou lendo ameaças pela internet, nos comentários de notícias, indiretas de corintianos. Ele não se intimidou, porque tem 23 anos de experiência”, conta a delegada.

“Ele não tem sombra de dúvidas do que ouviu”

Após a partida, Edenilson registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil. Ele prestou depoimento em uma sala do Beira-Rio juntamente com o presidente do Inter, Alessandro Barcellos. O árbitro da partida, Bráulio da Silva Machado, foi ouvido na sequência. Ele relatou o ocorrido em súmula. O jogador português também foi ouvido.

Agora, de acordo com a delegada Ana Luiza Caruso, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) será acionado para verificar as imagens da confusão e dar seu parecer sobre o caso. Uma perícia de leitura labial tentará determinar com clareza a palavra dita pelo jogador corintiano.

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