O camisa 10, gringo, argentino, craque, brigão, guerreiro, enfim são muitos sinônimos que podemos ligar a ele. Andrés D’alessandro disse adeus ao futebol e de uma maneira digna de um idólo do futebol brasileiro. Foi emocionante e com direito a golaço, e com uma vitória que ficou em segundo plano, pois o que contou mesmo foi o adeus a ele.
Dalessandro chegou em 2008, e em menos de quatro meses, conquistou uma taça com o Internacional. O argentino, mais gaúcho que pisou em solo rio grandense, conquistou a Libertadores, sendo o principal jogador da competição. Ele foi guerreiro e brigão, do jeito que os gaúchos gostam e estão acostumados. Ele conquistou o coração de colorados e de gremistas também. Dale foi um jogador que mereceu essa despedida.
Ontem, caminhando pelo Beira-Rio, conversei com muitos torcedores e ouvi muitas palavras de gratidão ao argentino. Na área da imprensa, vi jornalistas identificados chorando e agradecendo o ídolo. Foi nítido que para o povo colorado, o gringo é especial, pois ele assumiu um papel de liderança, e vestiu a camisa do Inter com amor, coisa rara no futebol brasileiro nos dias de hoje.
Os 529 jogos com a camisa colorada colocaram D’Alessandro como o segundo atleta no ranking de partidas pelo clube. O argentino marcou 97 gols e deu 113 assistências, além de 12 títulos.
O tchau a D’alessandro foi do tamanho dele, foi lindo, foi emocionante e cheio de adrenalina.
O D’alessandro deu adeus aos gramados, mas acredito que continuará no futebol. Isso, os próximos capítulos vão nos contar, mas pra hoje, como jornalista, só tenho a agradecer pela genialidade do ex-camisa 10 colorado. Foi bom te ver jogar os últimos minutos da tua carreira, craque.
