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Iêda Vilas-Bôas: Conheça a cerratense, escritora e ativista que tem lutado por espações largos de inclusão social e reparação história

Arthur Wentz e Silva

Iêda Vilas-Bôas é um nome muito conhecido no estado de Goiás e pelos arredores do mundo. A escritora que foi responsável por liderar uma saga de defesa das árvores da Praça Imaculada Conceição, na cidade de Formosa, ainda tem um histórico de muita luta em prol da cultura, educação e história de seu povo.

Doutrora em Educação pela Universidad Enrique Gusmán y Valle — La Cantunta (Huancayo, Peru) e Mestre em Literatura pela Universidade de Brasilia (Brasília, Brasil), trabalhou com Educação por anos de sua vida com dedicação. Por este histórico, Iêda assume uma defesa da Educação como instrumento de transformação social.

A escritora que também preside a Academia de Letras e Artes do Nordeste Goiano, ALANEG, é também uma percursora e difusora da importância do Cerrado, bem como de sua cultura, história e originalidade. Cerrado este, que mesmo ameaçado pelos grandes espaços de latifúndio, tem se mostrado berço para a resistência, a qual Iêda assume protagonismo. Em texto produzido para o Portal Cerratense, ela questiona: “O que temos feito pelo patrimônio ambiental, cultural e histórico de nosso cerrado?”

Iêda Vilas-Bôas
Divulgação

Estudiosa de Cora Coralina e escritora da obra biográfica conhecida pela autenticidade e lirismo: “A história de Aninha que virou Cora Coralina”, também publicada em Língua Espanhola. A poetisa apresenta a importância da literatura para formação de cidadãos. Sua biografia encontrada no Portal Cerratense enfatiza que a Língua Portuguesa deva servir de instrumento na formação cidadã e garantindo-se como veículo de inclusão social.

Vilas-Bôas, também é Membra do Conselho Editorial da Revista Xapuri Socioambiental, onde assume uma temática literária muito relevante. Em tons biográficos e algumas poesias ela ressalta a importância de mulheres e do Feminismo na luta emancipatória e de conquistas populares, além, de apresentar mitologias, lendas e sagrados que envolvam o feminino.

A Inclusão Social, entendida como mecanismo de garantia de participação de todos e principalmente na efetivação desta para grupos minoritários, diversas vezes sucumbidos pelas opressões é tema central de sua produção. Onde defende, a partir da literatura e do acesso à cultura, a garantia deste direito. Para além da pauta Educação, também apresenta pontos pela diversidade na narrativa histórica e enfatizando assim, uma história não unilateral.

Ainda no município de Formosa GO, a professora luta a bastante tempo para que vereadores da Câmara Municipal implementem projetos com objetivo de ensinar a história de Formosa sob perspectiva das minorias, dos olhares mais humildes e daqueles que não exalam e estão no poder. Para ela, é fundamental o conhecimento de um povo com sua narrativa original, trazendo à tona a valorização de sua identidade.

Iniciou uma luta pela manutenção das árvores da Praça da Matriz, contra cortes com justificativas esdruxulas e inconsistentes, ao que lhe rendeu, de forma efetiva, a Comenda Honorífica Dom Pedro II, motivado por seu embate em favor do espaço sociocultural.

Iêda Vilas-Bôas
Divulgação

Iêda é uma das mentes corajosas que permeiam pelo Cerrado. Com uma capacidade gigante de acolhimento e receptividade, além de semear as sementes da Democracia. Para ela, nada é tão importante quanto a garantia do acesso à cultura e a arte, na formação e garantida da cidadania.

O trabalho dessa artista gigante está por todos os espaços, e você pode encontrar facilmente em http://xapuri.info, http://cerratense.com.br/ e também por suas redes sociais: @ieda.vilasboas.9 no Instagram e Ieda Vilas-Boas Guarani-Kaiowá no Facebook. Lá existe muita poesia em uma bela escrita.

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