O grande prêmio é ordenado pelo Ciclo da Galícia – Itália/Portugal e a professora, Mestre em Literatura e Doutora em Educação foi indicada e selecionada por criterioso júri que baseou-se em suas ações e intervenções culturais pelo Estado de Goiás, em especial pelo seu “chão cerratense”, o Nordeste Goiano.
Iêda Vilas Bôas tem se dedicado, inclusive à manutenção do estudo e da pesquisa literária em torno da poeta goiana Cora Coralina. A professora tem levado a poesia coralineana aos mais distantes rincões de seu estado a outros países. Iêda Vilas Bôas dedica-se também em promover a cultura regional cerratense, defender as causas ambientais, proteção dos animais, promoção da leitura e dos livros. Ela tem mantido suas raízes e demonstrado seu amor pelas causas em que atua e tem sido um exemplo de força e garra ao defender o meio ambiente e a natureza de forma ferrenha ocupando todos os possíveis e necessários espaços, luta que conta com mais de 10 anos já, pela manutenção de 24 árvores, que formam um bosque urbano em sua cidade e em que discute a propriedade da praça: se é da igreja católica ou de uma praça é do município, ideia esta defendida pela ativista.
Iêda Vilas Bôas desponta e ecoa sua voz de mulher guerreira e expoente de voz política, social e cultural em defesa de suas causas: a natureza, os animais, o folclore, a cultura cerratense, o livro e a leitura. A literata recebe reconhecimento nacional e também internacionalmente.
Por esse motivo, considerando sua atuação socioambiental, também sua atuação política, e, principalmente, sua atuação literária, a escritora e professora, destaque em cultura, recebeu importante e selecionado convite para o prêmio de Comenda da Ordem Honorífica Dom Pedro II para o próximo ano de 2022, a ser realizado em Portugal.
Esse prêmio reconhece sua devida excelência em trabalho prestado em produção literária militante e politizada. O grande prêmio é ordenado pelo Ciclo da Galícia, registrado na Associação de Línguas Ibéricas e, a Professora Iêda Vilas Bôas foi nomeada e escolhida para tal honra pela Associação Internacional de Escritores e Artistas.
Também foi considerado seu trabalho frente à Academia de Letras e Artes do Nordeste Goiano, instituição que preside e, que sob sua liderança, vem trazendo importantes questionamentos sociais, que trabalham também a cultura e a história de sua região, bem como encampa inúmeras produções literárias que se veem frente aos questionamentos socioambientalistas que afetam a arte e a produção de arte, diretamente.
A literata fala um pouco de sua luta cultural, folclórica, socioambiental e de seus ideais em defesa da natureza.
Há alguns anos, a Professora Iêda vem lutando à frente da defesa e da manutenção de 24 árvores de pé diante da reforma de uma praça em uma cidade goiana, de nome Formosa. Diz que a praça precisa, sim, de reforma, mas que o avanço não deve ser extirpando as árvores, tão necessárias ao clima e ao meio ambiente, que há décadas fazem parte da cultura, da história e da identidade da cidade.
A Professora Iêda Vilas Bôas é também bastante conhecida por seus diversos prêmios em literatura, arte, luta pelos direitos humanos e na defesa da posição da mulher na sociedade.
Atualmente é presidenta da Academia de Letras e Artes do Nordeste Goiano e RIDE, representando uma forte voz que até o presente momento manteve a maioria das árvores em pé. É também por essas lutas que prêmios como esse são concedidos, ao reconhecer o valor e a necessidade de ideários que defendam as minorias e a natureza, seja de forma real, quanto de forma artística, que acaba sendo um reflexo da realidade expressada através da criatividade.

Apesar das tentativas frustradas da sociedade autointitulada tradicional regionalmente em impedir sua voz justa e nobre sobre a natureza, além das baixas ofensas de políticos, em tribuna, gravada e publicada no veículo midiático do YouTube, que tentam ofender até mesmo sua vida pessoal, sua posição ideológica e até seus conhecimentos e chegam ao baixo nível de se compararem, sem contexto algum relacionado às árvores, em questão, falando sobre condições financeiras e herança de berço. Claro caso de violência contra a voz da mulher e misoginia.
Entretanto, entidades maiores reconhecem o verdadeiro valor de uma justa luta. Sem declarações a fazer sobre os políticos em questão, que, segundo ela, são humanos e também erram, e talvez, por ignorância, misturam assuntos que não são correlacionados ao meio ambiente, enquanto elogia o posicionamento do Ministério Público, na figura do promotor e de sua equipe da Segunda Promotoria de Formosa-Goiás, ressaltando que confia em uma diligência da justiça que seja plausível, sem atender a extremos, e sem que seja necessária essa baixa conduta de vaias, gritos, ofendas pessoais e o que mais de errado houver: “o importante é que seja feito o que for nobre, justo e bom para todos”.
A coragem e fibra de Iêda Vilas Voas são de admirar, e, sim, é possível vislumbrar um final feliz para as árvores graças ao seu empenho, e também de algumas outras poucas pessoas. É um caso a se aguardar atentamente, especialmente pela proximidade de sua cidade com a capital do país e pela questão política, diversidade religiosa, também pelos traços de preconceito e até falta de conhecimento demonstrados, em momentos, por partes. E que, sempre, em se tratando de cidades do entorno de Brasília, e, principalmente, de natureza, acaba sendo mais que relevante para a sociedade como um todo.
Mas, ao ser reconhecida com premiação de tamanha grandeza e importância: Comenda da Ordem Honorífica Dom Pedro II, diz ter vislumbrado já “um bom ano de 2022, começando muito bem e muito honrada.” Com certeza um prêmio merecido, e, quanto ao embate socioambiental, é uma importante questão de ser acompanhada haja vista sua importância para que todos possamos compreender e fazer o melhor para o planeta e para o desenvolvimento sustentável do ser humano.