Pedido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desde junho, o uso facultativo de máscaras para quem se vacinou ou se recuperou da Covid-19 é tema de estudo do governo federal que tem conclusão prevista para o mês de outubro, afirmou o Ministério da Saúde.
O anúncio do ministro minimizou fala anterior de Bolsonaro mais cedo no mesmo dia. Durante evento para assinatura de projeto de lei, o presidente respondeu às críticas que sofria por não usar o equipamento em aparições públicas e garantiu que Queiroga iria “ultimar” um parecer desobrigando o uso de máscaras nestes grupos.
Mais de dois meses depois, o número de vacinados com pelo menos uma dose ou a dose única saltou de 77 milhões em junho para mais de 123 milhões e os números da pandemia melhoraram. Os especialistas, porém, pregam pela prudência até para aqueles com anticorpos contra a doença – que podem se reinfectar.
O Ministério da Saúde afirmou que o estudo sobre o tema está sendo conduzido pelo Departamento de Ciência e Tecnologia da pasta, que convocou a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) para executar a pesquisa.
O método do trabalho é o da revisão sistemática. Ou seja, “um estudo sobre estudos”, como explicou o ministério, para avaliar a eficácia das máscaras médicas e não-médicas em ambientes abertos ou fechados, para vacinados ou recuperados da doença contra o novo coronavírus.
O governo pontuou ainda que o estudo servirá como embasamento para decisão posterior da pasta, a qual caberá a responsabilidade sobre o parecer aguardado por Bolsonaro.