Seria cômico, se não fosse trágico. Gravataí, a quarta maior potência do Estado, tem em seu Paço Municipal uma figura com zero conhecimento sobre a área da assistência social. O prefeito Luiz Zaffalon, durante a abertura da 12ª Conferência Municipal de Assistência Social, demonstrou mais uma vez que governa para a seleta turma da elite e pouco ou nada faz para alimentar os que mais precisam.
Além de destinar míseros 25 reais por mês à distribuição de cestas básicas, divididas entre incontáveis famílias que passam fome no município, o governo municipal trata a assistência social como TROÇO (palavra dita pelo próprio prefeito). A turma do MDB, que há mais de uma década comanda a cidade, desdenha direitos essenciais assegurados por lei aos cidadãos. Prova disso é o fato do prefeito pedir comida às empresas em troca de alvarás, como se o alimento doado por terceiros fosse uma política municipal séria de assistência aos que não têm o que comer.
Zaffalon também diz que obras de drenagens são prioridades de sua gestão e que o benefício social é entregar obras ao povo, como se a população pudesse se alimentar de asfalto, calçadas e valas. O descalabro nunca esteve tão nítido. Precisamos frear imediatamente as graves consequências do descaso em meio à maior crise sanitária, social e econômica, antes que Gravataí se afunde na areia movediça imposta pelo MDB.
FURA FILA DO ALVARÁ
O prefeito no vídeo confessa que para agilizar o alvará da Farmácia São João pediu uma “contrapartida” e a farmácia doou 25 toneladas de alimentos para que a administração pública municipal de Gravataí agilizasse o processo do alvará. Pois bem, diante a isso ficam algumas perguntas:
Onde estão as 25 toneladas de alimentos que foram doados?
Foram só os alimentos que estiveram em pauta na “negociata”?
O que mais rolou na liberação deste alvará?
Tem sido uma prática comum da atual administração de Gravataí fazer isso para agilizarem a liberação de alvarás?
O prefeito pode fazer o que quiser?
Cadê o Ministério Público diante a essa confissão do prefeito?
Os vereadores como fiscalizadores do executivo vão permitir isso? O prefeito confessa que está extorquindo empresário para agilizar alvará, e tudo certo, nenhum vereador fará nada?
O prefeito não sabe a diferença entre assistência social e extorsão?
A regulamentação do alvará passa pelo crivo do prefeito?
E pra onde foram esses alimentos?
A cidade está sabendo disso?
Como foi feita a distribuição destes alimentos?
Deixaremos o espaço aberto para que o prefeito de Gravataí se pronuncie e responda esses questionamentos.
Confira o vídeo