A tão Jovem Democracia Brasileira

Muito já discutiu sobre a nossa democracia, vários entendimentos , pontos de vista e lanço mais um trazendo uma reflexão lembrando um pouco da nossa história, depois dos fortes acontecimentos desta semana com a volta de um candidato da esquerda, com possibilidade de ser candidato novamente a primeira cadeira do país.

Primeiramente me volto aos anos 1980 nos meados 1983e 1984, quando buscávamos uma eleição direta para Presidente da República, já que o Regime |militar acenava para a volta da ” Democracia Plena” pelas mãos do General João Baptista de Oliveira Figueiredo que não fim de seu mandato desafiando a vontade da permanência militar, trouxe a Democracia ao extinguir os Atos Inconstitucionais em vigor, ocorrendo a volta dos exilados políticos e entre eles o regresso do considerado o maior opositor ao Governo ,o Sr. Leonel de Moura Brizola.

O desgaste do regime militar, expresso no resultado das eleições gerais de 1982 – quando a situação perdeu nos três maiores estados da Federação (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro) -, deixava a oposição confiante para a disputa presidencial.

Não tivemos o êxito pretendido, mas conseguimos pelo Colégio Eleitoral de 1985, escolher o novo Presidente , a disputa ocorreu entre o deputado federal Paulo Maluf – do Partido Democrático Social (PDS/SP), apoiado pelo regime militar – e Tancredo Neves, da oposição, ex-governador de Minas Gerais (1983-84), do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), eleito, mas não empossado em virtude de falecimento.

Os Militares saíram ; o povo em esperança queria uma Democracia que respirasse e traria ares de Liberdade e a construção de um novo País, um novo Brasil. Tentamos não cometer os mesmos erros, mas não tínhamos uma referência mais moderna para se espelhar e a Democracia em tom do medo da retomada militar, em curto espaço de tempo refez a nossa Constituição dando importância aos direitos e deveres dos Brasileiros, que ainda tentavam em euforia entender o novo aspecto político nacional.

Se observar bem estamos a apenas com 37 anos de Democracia Jovem num país descoberto a quase 521 anos, ou seja será que estamos maduros para entender o nosso papel e caminho. Neste sentido, vejo a tentativa de retomar um patriotismo e que de fato deveria ser tomado em unanimidade por todos , mas que impedido pelas novas ideologias não permitem que o todo sobressaia e sim somente um lado ideológico, sendo claro que perdemos a pluralidade democrática que é essencial para o equilíbrio.

Estamos divididos , portanto estamos iguais a uma Federação independente, pois a República que é a nossa unidade já deixou de existir em prol dos interesses individuais e democráticos, onde uvas e raposas tentam firmar posicionamento ético quase inexistente. Tal exemplo podemos verificar como cada Estado com Governadores eleitos de diversos partidos e correntes tem tratado a Pandemia do Covid-19, algum são negacionistas, outros não, alguns apoiam medidas da União, outros não, alguns fazem lockdown e outros não, enfim o povo fica em casa cheio de necessidades e eles não. Viva a Democracia. Em casa ou nas ruas o Povo Brasileiro quer Trabalho, Alimento e Liberdade de Expressão e lógico Saúde já que não tem o amparo digno, mesmo sendo rico ou pobre nestes tempos obscuros num mundo tão destroçado.

Sobre o Autor : Advogado , Jornalista e Observador Político

Sobre : Eduardo na Política

Coluna voltada a reflexão política, definição de termos políticos e história política

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Eduardo Maluhy
Eduardo Maluhyhttps://realnews.com.br/
Advogado em Porto Alegre , Jornalista e Observador Político

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