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Cadeia produtiva do futebol leva manifesto à prefeitura

Uma comissão organizada por representantes da cadeia produtiva do futebol esteve reunida com o prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, na última semana. O grupo entregou um manifesto buscando sensibilizar o Executivo quanto à possibilidade de uma reabertura de seus estabelecimentos e pedindo isonomia em relação a outras atividades que estão autorizadas a funcionar.

 O futebol pode parecer um assunto indigesto neste momento, mas é o nosso ganha pão. Sabemos que há uma pandemia. Também temos famílias e não queremos colocar ninguém em risco. Por isso, buscamos soluções factíveis, com protocolos capazes tanto de preservar a saúde de todos, quanto de resgatar nosso sustento — pondera Everson Prass, da Home Sports, ao lamentar que o futebol seja visto apenas com o estigma da diversão, em vez de saúde e bem estar.

Além de apresentar restrições e protocolos que os centros esportivos adotariam, o documento reúne estudos sobre o impacto do esporte na saúde física e mental. E discute, ainda, a importância econômica de uma retomada do segmento:

— Estamos há mais de 150 dias impedidos de trabalhar. Economicamente, não há quem sobreviva. Somos um segmento que movimenta 0,8% do PIB nacional e envolve uma cadeia de pessoas e empresas dependentes. Futebol é saúde e, para muitos, a única oportunidade acessível de praticar um esporte. Não podemos ser desprezados — desabafa Edinho Barroso da Silva, da E7 Futebol Society e um dos responsáveis pelo manifesto.

Conforme o relato dos representantes da comissão que estiveram na reunião com Busato, o prefeito disse não haver possibilidade de uma retomada enquanto a cidade estiver em bandeira vermelha. Mas sinalizou que, se Canoas migrar para a bandeira laranja, a prefeitura estaria disposta a tentar aplicar regras da bandeira amarela, o que permitiria a reabertura dos estabelecimentos.

— A volta ao futebol não é a volta ao normal. É flexibilizar a prática esportiva, não a prática social. Nossos protocolos sequer permitirão a entrada de acompanhantes ou a permanência no local quando encerrar a atividade. Só entra quem for jogar, sem uso de vestiário, sem empréstimo de uniformes — explica Everton Prass.

Além de outros protocolos básicos, como medição de temperatura, exigência de máscara, disponibilização de álcool gel e pia com água e sabão, o segmento criará protocolos extras capazes de serem seguidos por todos.

— Esse movimento iniciado pelos centros esportivos de Canoas vai chegar ao governo do Estado, para que o planejamento apresentado pelo segmento seja avaliado e, talvez, adotado como exemplo para os municípios gaúchos. O setor é o maior interessado de que as restrições sejam respeitadas. Estamos falando dos empregos diretos e indiretos de milhares de pessoas — declara o vereador Marcus Vinicius Machado, o Quinho, que juntamente com o vereador Eric Douglas colaborou com a comissão para levar a discussão ao prefeito e a representantes da Assembleia Legislativa.

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