Cruz Missioneira é realocada para a Praça Dom Feliciano em valorização à história de Gravataí

Monumento passa a dialogar com o centro histórico e reforça a memória dos povos guaranis e missionários jesuítas

 

Com base em estudos técnicos realizados pelo Instituto Ernesto Fonseca, a Prefeitura de Gravataí promoveu a realocação da Cruz Missioneira do município, reforçando o compromisso com a valorização do patrimônio histórico e cultural local. O monumento, que presta homenagem aos povos guaranis e aos missionários jesuítas, foi transferido da Avenida Centenário para a Praça Dom Feliciano, no coração do centro histórico da cidade.

A mudança de local foi definida a partir de critérios históricos e simbólicos. A Praça Dom Feliciano é reconhecida como a praça mais antiga de Gravataí, espaço que marcou a chegada dos primeiros colonizadores no século XVIII e que também acolheu milhares de guaranis sobreviventes das Guerras Guaraníticas (1753–1756), período diretamente ligado à fundação da Aldeia que deu origem ao município.

Segundo o historiador da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), Carlos Albani, a nova localização amplia o potencial educativo do monumento. “O circuito histórico-cultural, que funciona como uma aula de história a céu aberto pelas ruas e prédios históricos do centro, ganha mais um elemento fundamental. A Cruz Missioneira agora está em um ponto estratégico, que favorece a compreensão da nossa formação histórica”, destaca.

A realocação contou ainda com parecer técnico do Grupo Especial de Trabalho do Patrimônio Histórico, Cultural e Arquitetônico do Município de Gravataí, que validou a escolha do novo local considerando a função simbólica da praça, sua relevância histórica e a conexão com a arquitetura missioneira, fortalecendo o diálogo entre espaço urbano e memória coletiva.

A Praça Dom Feliciano está situada na Avenida José Loureiro da Silva, entre os números 1251 e 1329, e passa a abrigar um monumento que reforça a identidade cultural de Gravataí, integrando passado, presente e ações educativas voltadas à preservação da história local.

 

 

 

Foto: Julio Barbosa 

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Peter Jaques
Peter Jaqueshttp://realnews.com.br
Peter Jaques é jornalista e criador de conteúdo apaixonado por contar histórias autênticas — do jornalismo esportivo à cobertura musical independente. Já atuou como repórter na Real News, acompanhando de perto as emoções do Sport Club Internacional, e também deu voz à cena alternativa em projetos como Preto No Metal e Motim Underground. Formado em Jornalismo pela UNIFRAN, une reportagem, locução e produção digital para criar conteúdos que informam, conectam e emocionam. Entre o campo e os palcos, sua escrita se destaca pelo olhar crítico e pela capacidade de envolver o público, sempre valorizando a experiência humana por trás de cada história.
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