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Pressionado e sem alternativas, Mano tenta reorganizar o Grêmio para jogo crucial contra o Vasco

O Grêmio reencontra o torcedor nesta quarta-feira num momento em que o desempenho já não comporta mais tropeços. Com cinco rodadas restantes e apenas cinco pontos acima do Z4, o duelo contra o Vasco, na Arena, representa muito mais do que uma oportunidade de reação: é um confronto que pode redefinir o destino do clube na reta final do Brasileirão. O rival carioca vive situação semelhante — três derrotas seguidas, pressão alta e desempenho ofensivo em queda — o que transforma o jogo em um choque direto entre duas equipes que tentam, ao mesmo tempo, sobreviver e reencontrar competitividade.

Para Mano Menezes, porém, o desafio é ainda maior. O técnico inicia a semana precisando lidar com ausências importantes e com um elenco curto justamente nos setores em que o time mais precisa evoluir. O zagueiro Noriega, está a serviço da seleção peruana. Edenilson, titular absoluto no meio-campo, cumpre suspensão. E para piorar, Alysson e Monsalve não treinaram e tornam-se dúvidas — reduzindo ainda mais as opções para um setor ofensivo que já oscila entre irregularidade e limitações técnicas.

O retorno de Marcos Rocha reforça o lado direito defensivo, mas não resolve o problema estrutural do time: a falta de criatividade e de capacidade de controlar o jogo pelo meio. A tendência é que Mano aposte no modelo com três volantes, apostando em Dodi e Cuéllar juntos — embora ambos ocupem zonas muito parecidas no campo, deixando a construção excessivamente previsível e sobrecarregando Arthur. A outra alternativa seria apostar em Cristaldo, que vive o pior momento em sua passagem pelo clube, na tarde desta terça-feira (18), o Grêmio realiza a última atividade, onde o time será definido.

Em meio a esse cenário, Mano chega ao jogo pressionado não apenas por resultados, mas pela própria limitação de escolhas. Entre preservar estrutura defensiva ou arriscar mais criatividade, o treinador parece optar pelo caminho mais seguro — mesmo que isso signifique abrir mão de maior potencial ofensivo. Com o time enfraquecido e emocionalmente instável, o fator local pode ser determinante: a Arena terá papel crucial para empurrar o Grêmio num jogo que, independentemente do nível técnico, exige entrega total.

A urgência é clara. O risco é real. E Mano Menezes sabe que qualquer tropeço recoloca o clube numa zona perigosa, capaz de comprometer toda a temporada.

Prováveis escalações

Grêmio:
Tiago Volpi; Marcos Rocha, Gustavo Martins, Wagner Leonardo (ou Kannemann) e Marlon;
Dodi, Cuéllar (ou Cristaldo) e Arthur;
Pavón, Amuzu e Carlos Vinícius.

Vasco:
Léo Jardim; Puma Rodríguez, Hugo Moura, Robert Renan e Piton;
Tchê Tchê, Barros e Coutinho;
Rayan, Nuno Moreira e Vegetti.

Foto: Lucas Uebel/Grêmio

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