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Grêmio enfrenta o Fortaleza em jogo de urgência e reflexão: elenco limitado acende alerta para 2026

No próximo domingo (09), às 20h30, o Grêmio volta a campo no Castelão para enfrentar o desesperado Fortaleza. O duelo opõe dois clubes em momentos distintos, mas igualmente pressionados: o Leão do Pici vive uma crise profunda e luta contra o rebaixamento após sete temporadas seguidas na Série A, enquanto o Tricolor gaúcho tenta se reerguer após duas derrotas seguidas e começa a olhar com certa preocupação para a parte de baixo da tabela.

Com 39 pontos e na 14ª colocação, o Grêmio está a apenas seis pontos do Santos, o primeiro time dentro do Z-4. A equipe de Mano Menezes, que não vence fora de casa desde o clássico Gre-Nal em 21 de setembro, busca no Ceará uma vitória para estancar a má fase e recuperar confiança. Na última partida, diante do Cruzeiro, o desempenho até foi competitivo — o time lutou, criou chances, mas novamente faltou precisão nas conclusões.

O principal desafio do Grêmio, na minha opinião, está justamente na limitação do elenco. Falta qualidade em setores-chave, e as opções disponíveis têm se mostrado insuficientes. A lateral-direita é o exemplo mais claro: João Lucas, apesar de suas deficiências técnicas, é o único de ofício. Mano Menezes tentou improvisar Pavón no setor na última rodada, mas a mudança piorou o rendimento defensivo e ofensivo do time.

No meio-campo, Dodi e Edenílson cumprem papéis importantes, mas não são peças de alto nível para comandar o setor. E no ataque, a falta de efetividade preocupa — nomes como Kike Oliveira, Pavón e Aravena produzem pouco e finalizam mal. Essa carência ofensiva explica parte da dificuldade do Grêmio em pontuar fora de casa.

Se há um ponto positivo, está na defesa: a chegada de reforços como Noriega e Balbuena, que infelizmente lesionou, melhorou um pouco o setor, que contava com o contestado Jemerson, no começo da temporada. Com os reforços que entregaram melhor qualidade ao setor, o contestado Jemerson, saiu de cena, e hoje apenas figura no elenco. A melhor formação hoje parece ser Noriega e Wagner Leonardo, já que Kannemann vive momento irregular e Balbuena só volta em 2026.

No entanto, mais do que pensar apenas no jogo contra o Fortaleza, o torcedor gremista precisa refletir sobre o futuro. Neste sábado, o clube elege seu novo presidente — Odorico Roman ou Paulo Caleffi. E o eleito terá a missão de reconstruir o elenco com competência e visão de futebol.

Grêmio precisa voltar a pensar grande. Os últimos anos foram de sobrevivência, e não de protagonismo. O torcedor cansou de ver um time limitado, sem brilho e sem profundidade. Que o novo presidente tenha consciência de que, para o clube retomar seu tamanho, é preciso investir em qualidade — e não apenas em quantidade.

Foto: Lucas Uebel/Grêmio

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