A derrota do Grêmio para o Corinthians por 2 a 0 em Itaquera escancarou novamente as fragilidades de um time que ainda não consegue se firmar como protagonista nos grandes jogos. O placar pode até não ter sido um desastre, mas o desempenho foi preocupante — e mostra que o time de Mano Menezes ainda está longe de atingir o nível de competitividade que o torcedor espera.
O Grêmio foi um time desorganizado e previsível. No primeiro tempo, o Corinthians controlou completamente o meio-campo, com Memphis Depay, Garro e Carrillo ditando o ritmo e deixando o setor gremista perdido. Edenilson e Dodi foram facilmente envolvidos, e Arthur, apesar de ser o jogador mais lúcido do time, não teve apoio suficiente para fazer o Grêmio reagir. Tiago Volpi, que vinha sendo um dos destaques nas últimas rodadas, falhou no primeiro gol.
Mano Menezes corrigiu a marcação na segunda etapa, ajustando as linhas e deixando o time mais compacto, mas o Grêmio seguiu sem força ofensiva. A entrada de Pavón e Cristaldo, que teoricamente deveriam dar fôlego ao time, acabou causando o efeito contrário: o Corinthians voltou a dominar o meio-campo e ampliou o placar com Depay, de pênalti.
É fácil apontar o dedo para o técnico, mas a verdade é que o problema do Grêmio vai além da prancheta. O elenco ainda possui limitações. As reposições são frágeis, e há uma diferença gritante entre titulares e reservas. Arthur é sem dúvida o dono do meio-campo, e quando o seu rendimento cai o time desaba. O que deixa claro, que um time como o Grêmio, não pode depender apenas de um jogador.
O Grêmio melhorou em termos de qualidade com as contratações recentes, mas ainda carrega um peso de jogadores que não entregam o que um clube como o Grêmio precisa. Fala-se muito em apostar na base, mas tirando Alysson, poucos jovens mostraram estar prontos para esse momento de instabilidade.
Para 2026, a direção precisa ser firme: renovar o grupo, dispensar quem não agrega e manter o perfil de reforços que realmente elevaram o nível do time, como Arthur. O Grêmio precisa de jogadores com qualidade e espírito vencedor. Porque, neste momento, o que falta ao Tricolor é justamente isso: jogadores que saibam o que significa vestir uma camisa campeã.
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