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Sistema de saúde falha e coloca em risco a vida do baterista Wesley Lopes da Banda 10

A luta pela vida do baterista Wesley Lopes, de apenas 26 anos, expõe, mais uma vez, a lentidão e a desarticulação do sistema público de saúde no Rio Grande do Sul. Há mais de duas semanas, o músico está internado no Hospital Bom Pastor, em Igrejinha, aguardando uma transferência urgente para realizar exames essenciais que podem definir seu tratamento — e possivelmente salvar sua vida.

Integrantes da Banda 10, Francy Bandeira e Alexandre Minks, publicaram um vídeo nas redes sociais nesta quinta-feira (30), em que relatam a gravidade do caso e pedem, com voz embargada, que as autoridades tomem providências imediatas. O apelo emocionado mobilizou a comunidade local e revelou um cenário de descaso institucional e falta de respostas concretas por parte dos órgãos responsáveis pela regulação e assistência hospitalar.

Segundo informações divulgadas pela banda, Wesley foi diagnosticado com edema cerebral e apresenta lesão no cérebro, com suspeita de origem infecciosa. Para confirmar o diagnóstico, é necessária a realização de uma biópsia, possível apenas em um centro hospitalar mais equipado. Mesmo com o envolvimento de advogados, médicos particulares e solicitações oficiais, o processo de transferência permanece travado, sem explicações satisfatórias.

“A gente quer muito que esse vídeo chegue a alguém que realmente possa nos ajudar”, desabafou Francy.
“Estamos perdendo uma pessoa de 26 anos por irresponsabilidade. Ele tem dois filhos pequenos. Por favor, nos ajudem a salvar a vida do Wesley”, completou Alexandre.

Enquanto familiares e amigos se mobilizam, o caso de Wesley tornou-se símbolo da burocracia e da negligência estrutural que marcam a gestão da saúde pública no estado. Em vez de respostas ágeis, a família enfrenta um labirinto de protocolos e silêncio institucional. A banda já ingressou com uma ação judicial, mas até o momento não houve avanço.

A situação despertou indignação nas redes sociais, onde moradores, fãs e artistas cobram celeridade e humanidade das autoridades. Em Igrejinha e cidades vizinhas, multiplicam-se as manifestações de apoio, orações e campanhas virtuais pela recuperação de Wesley.

Mais do que um caso isolado, a história de Wesley Lopes evidencia a falência de um sistema que demora a agir justamente quando cada minuto pode significar a diferença entre a vida e a morte.

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Wagner Andrade
Wagner Andradehttps://realnews.com.br/
Eu falo o que não querem ouvir. Política, futebol e intensidade. Se é pra sentir, segue. Se é pra fugir, cala.
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