A goleada por 4 a 0 sofrida diante do Bahia, neste domingo (19), escancarou os problemas do Grêmio. A equipe de Mano Menezes foi completamente dominada do início ao fim, sem intensidade, sem reação e sem qualquer padrão de jogo. O adversário foi superior em todos os aspectos — técnico, tático e físico — e antes dos 15 minutos o placar já mostrava 2 a 0.
Mais preocupante do que o resultado foi a postura apática do time. O Bahia jogou com vontade e organização, enquanto o Grêmio parecia desligado. A desatenção ficou evidente no último lance, com a trapalhada entre Kannemann e Gabriel Grando que resultou no quarto gol. Um símbolo da desordem que tomou conta da equipe.
As ausências de Alysson e, principalmente, de Arthur, escancararam a dependência do time. Sem o camisa 29, o meio-campo perdeu ritmo e criatividade. Mano apostou em Noriega e Cuéllar, mas a dupla não funcionou: são jogadores da mesma função, incapazes de dar equilíbrio e construção. O resultado foi um Grêmio inofensivo, com apenas uma finalização em 90 minutos.
A derrota precisa servir de alerta para o futuro. A direção terá que pensar em 2026 com mais ambição e critério, buscando reforços que realmente elevem o nível do elenco. Hoje, o Grêmio mostra limitações claras e depende demais de poucos nomes.
Contra o Juventude, será hora de reagir e tentar juntar os cacos. Arthur e Alysson devem retornar, assim como Tiago Volpi e Monsalve. Já Marcos Rocha pode virar desfalque. A goleada em Salvador deixa uma lição clara: o Grêmio, neste momento, briga por uma vaga na Sul-Americana — e nada além disso.
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