A ampliação de conectividade no Brasil permanece como objetivo para o setor público e privado. Na abertura do Futurecom 2025, a Secretaria de Telecomunicações do governo apresentou ações que incluem políticas nacionais para data centers, além de projetos de conectividade voltados à inclusão, interiorização e distribuição geográfica.
Do lado das companhias provedoras de soluções, a conectividade também é uma estratégia. Mas, neste caso, é vista como oportunidade para resultados práticos para empresas de todos os setores e tamanhos. Entre os destaques das palestras da 30ª Futurecom estiveram temas como: ampliação e rentabilização do 5G; arquitetura e sistemas de rede, incluindo soluções satelitais; modelos de negócios de MVNOs (operadoras móveis virtuais); estruturas de bancos de dados; entre outros.
A criação de ecossistemas digitais em cidades e no campo, conectados via IoT (internet das coisas), M2M e AIoT (internet das coisas e inteligência artificial), mostrou-se uma preocupação em comum entre expoentes e debatedores. Esse cenário também foi contemplado por soluções de empresas. Em painel na Arena do Futurecom, o CEO da Allcom Telecom, Marcio Fabozi, defendeu a importância de sustentar a evolução da conectividade por meio de um ecossistema completo de soluções IoT, capaz de reunir diferentes escalas de conexão, incluindo 4G, 5G, redes privativas, LoRa e satélites.
Ecossistemas digitais
De acordo com o especialista, essa é uma condição indispensável para sustentar diferentes escalas de suporte para conexões, sobretudo em atividades como meios de pagamentos, transações financeiras, utilities, automobilismo, segurança e rastreamento, agronegócio, automação industrial e serviços de smart cities (como em sistemas de energia, gás, água e infraestrutura de cidades conectadas).
Para que isso ocorra, o executivo destaca a importância de as empresas de operação, como as MVNOs, atuarem com uma plataforma de múltiplos recursos, sendo uma orquestradora de redes. “Diante de todas as demandas, é preciso oferecer um ecossistema inteiro de soluções, com instalações completas, unindo todos os recursos disponíveis. Essa é uma conduta que, para empresas e usuários, minimiza impactos, torna-se amigável e mais rentável. Com isso, empresas e clientes de todos os setores conseguem operar na ponta com eficiência e total disponibilidade”, explica Fabozi.
Com 4,5 milhões de conexões ativas, mais de 8 mil clientes e 1,5 milhões de devices conectados, a Allcom ocupa o posto de 4º maior provedor de conectividade IoT do Brasil, atrás apenas das MNOs (operadoras de rede móvel comum). Para figurar na posição, a empresa aposta em oferecer um ecossistema completo, com integração de serviços e plataforma unificada, com foco em soluções IoT com estruturas diversificadas. Para isso, a Allcom conta com parceiros internacionais estratégicos, que foram destacados na Futurecom, tais como Orbicomm (incluindo soluções via satélite); Qualcomm (com serviços de conectividade e 5G); FloLive (com código de rede nativo em nuvem); e Noana (monitoramento em saúde).
Também durante a Futurecom, a Allcom une-se à Algar para anunciar um pré-lançamento de um eSIM, uma tecnologia em expansão que vem simplificando a IoT. O chip digital é uma tendência crescente, sobretudo num cenário em que tecnologias de conexão como o 2G já possuem data para serem desligadas. Até o final de outubro, as empresas devem apresentar ao mercado a solução integrada.