Na tarde desta quarta-feira (10), o diretor-executivo do grupo de direita Charlie Kirk foi assassinado com um tiro enquanto dava uma palestra no campus da universidade Utah Valley. O ativista lidera um grupo “Turning Point USA”, sendo a favor de políticas consideradas de extrema-direita, como anti-imigração, anti-aborto e pró-armas de fogo.
Charlie era aliado do presidente americano Donald Trump e ajudou a mobilizar votos entre jovens e eleitores que raramente votam, sendo considerado um fator importante na vitória de Trump nas eleições de 2024. Fundador do Turning Point USA ele lançou a organização aos 18 anos para promover ideias conservadoras nas universidades americanas e entre os jovens. E posteriormente, criou também o braço político Turning Point Action para impulsionar candidatos conservadores. Kirk participou ativamente das campanhas, ajudando também na avaliação de nomeações durante a transição presidencial americana.
Turning Point USA (grupo de direita)
É um grupo conservador que influencia jovens nos Estados Unidos e também é uma organização sem fins lucrativos fundada em 2012 por Charlie Kirk, tornou-se uma das principais vozes conservadoras e com forte presença em universidades e redes sociais, o grupo atua na defesa de pautas alinhadas à extrema-direita, como restrições à imigração, oposição ao aborto e a ampliação do direito ao porte de armas de fogo. A entidade ganhou notoriedade por meio de conferências, treinamentos e campanhas digitais voltadas a mobilizar jovens em torno de ideais políticos conservadores. Entre seus eventos mais conhecidos estão as convenções anuais que reúnem milhares de estudantes, políticos republicanos e influenciadores ligados ao campo da direita.
O discurso central do Turning Point USA sustenta que as universidades americanas seriam “dominados pela esquerda” e busca contrapor esse ambiente com programas de liderança e ativismo pró-conservador e, além disso, o grupo mantém uma rede de embaixadores e influenciadores digitais que disseminam conteúdos nas redes sociais, alcançando milhões de seguidores. Apesar de sua base jovem e da retórica de defesa da liberdade de expressão, a organização é alvo frequente de críticas. Pesquisadores e entidades civis apontam que o grupo contribui para a radicalização do debate político ao difundir posições contrárias a políticas de inclusão, a direitos reprodutivos e a medidas de controle de armas.
Nos últimos anos, a ligação da entidade e de seu fundador com figuras próximas ao presidente Donald Trump reforçou a percepção de que o grupo funciona como um braço de mobilização juvenil do trumpismo. Charlie Kirk, que se tornou um dos ativistas conservadores dos EUA, manteve sua presença constante em programas de rádio, podcasts e na televisão, ampliando a influência de suas ideias. Para seus críticos, o Turning Point USA simboliza a crescente polarização política nos EUA e, já para apoiadores, representa a renovação da direita, ao engajar novas gerações na defesa de princípios que consideram centrais, como liberdade individual, livre mercado e valores tradicionais.
Admiração pessoal e política
A morte do ativista gerou forte comoção política, principalmente para o governo Trump, que o chamou de “lendário”, ordenou hasteamento de bandeiras a meio-mastro, e líderes de ambos os lados do espectro político condenaram o ataque e clamaram pelo fim da violência política. O tiroteio ocorreu enquanto ele falava com o público; a polícia continua investigando e um suspeito está sob custódia ou sendo identificado, enquanto os mais detalhes permanecem incertos.
Poucas horas após o incidente, Trump anunciou a morte do ativista Charlie Kirk em sua rede social Truth Social. Na publicação, Trump se referiu ao aliado como “grande” e “lendário”, destacando sua conexão com a juventude americana. O republicano afirmou que Kirk era “amado e admirado por todos” e expressou condolências em nome dele e da ex-primeira-dama Melania, à esposa do ativista, Erika, e à família. “Charlie, nós te amamos”,.
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