Um medicamento em fase experimental no Brasil tem apresentado resultados promissores em pacientes com lesão medular grave. Segundo os pesquisadores responsáveis pelos testes clínicos, alguns voluntários tetraplégicos recuperaram movimentos antes considerados irreversíveis. O tratamento atua na regeneração de conexões nervosas danificadas, possibilitando o retorno de funções motoras após meses de uso. Apesar do avanço, os especialistas reforçam que os resultados ainda são preliminares e fazem parte de um estudo clínico controlado.
Para o medicamento chegar ao mercado, ainda será necessária a aprovação da Anvisa, que avalia a segurança e a eficácia do produto. Enquanto isso, o medicamento segue em fase de teste com novos grupos de pacientes em centros de pesquisa no país. Se for aprovado, o tratamento pode representar uma mudança significativa na qualidade de vida de pessoas com lesões medulares, oferecendo novas perspectivas de reabilitação.
Como funciona
O novo medicamento experimental de nome Polaminina é aplicado diretamente na medula espinhal, em até seis dias após a lesão, e sua dosagem é mínima, em somente um micrograma por quilo de peso corporal, mas suficiente para tentar restabelecer a comunicação interrompida entre cérebro e corpo. Quando essa conexão é rompida, as consequências podem ser graves, resultando em paraplegia, que afeta os movimentos das pernas, ou em tetraplegia, quando todo o corpo, do pescoço para baixo, fica comprometido.
Se a pesquisa for aprovada, o medicamento poderá mudar a realidade de milhares de pessoas que hoje vivem com limitações severas após acidentes ou traumas na coluna. Enquanto isso, pacientes e familiares acompanham com expectativa os resultados das pesquisas.
Resultado final
O objetivo do tratamento é restabelecer a comunicação interrompida entre o cérebro e o corpo após a lesão. Quando essa conexão é rompida, as consequências podem ser graves: em muitos casos, os pacientes desenvolvem paraplegia, quando somente as pernas ficam paralisadas, ou tetraplegia, que compromete todos os movimentos do pescoço para baixo.
Segundo os pesquisadores responsáveis, alguns pacientes que participaram dos estudos já apresentaram recuperação parcial dos movimentos, resultado considerado promissor diante da gravidade do quadro clínico. Apesar dos avanços, o medicamento continua em fase de testes e precisa do aval da Anvisa antes de poder ser disponibilizado à população.
Apesar dos resultados promissores, muitas perguntas ainda permanecem sem resposta, já que o estudo está em fase inicial. Os cientistas não sabem, por exemplo, se doses maiores poderiam ampliar os efeitos, se a medicação pode ser aplicada mais de uma vez ou por quanto tempo os benefícios se mantêm. Além disso, o número reduzido de pacientes avaliados impede a definição de médias confiáveis.
Foto: Half Point/Reprodução/Getty Images Embed