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Dúvidas mais frequentes sobre o câncer de mama.

Outubro chegou e com ele o ‘Outubro Rosa’, uma campanha que tem o objetivo de alertar para a importância da prevenção e do tratamento correto do câncer de mama.

O movimento conhecido como Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos, na década de 1990, para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. A data é celebrada anualmente com o objetivo de compartilhar informações sobre o câncer de mama e promover a conscientização sobre a importância da detecção precoce da doença.

O nome da campanha remete à cor do laço que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades: o rosa. Durante o período, monumentos por todo o país se iluminam com essa mesma cor.

Os números do câncer de mama no Brasil e no mundo assustam. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), este é o tipo mais comum e o que mais mata mulheres no mundo. Para se ter uma ideia, todos os anos 1,5 milhão de novos casos são diagnosticados e, só em 2015, 570 mil mulheres morreram em decorrência do câncer de mama.

No Brasil, o cenário não é muito melhor. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para 2016 era de quase 58 mil novos casos de câncer de mamapor aqui, sendo que mais da metade costuma acontecer somente na região sudeste do país.

Principais duvidas sobre o câncer de mama.

Receber o diagnóstico de um câncer de mama não é fácil. Junto com a notícia surgem muitas perguntas, que podem gerar insegurança no paciente e em seus familiares.

Pensando em ajudá-la a esclarecer suas dúvidas, criamos este espaço, com os principais questionamentos apresentados por pacientes diagnosticadas com câncer de mama.

  • O que é o câncer de mama?

O câncer mamário é um tumor maligno que se desenvolve como consequência de alterações genéticas nas células das mamas, que passam a crescer de forma anormal. Este tipo de câncer ocorre com muita frequência nas mulheres de todo o mundo, totalizando quase um milhão e meio de novos casos todos os anos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Os homens também podem sofrer com a doença, porém, em bem menor proporção do que as mulheres. No Brasil, estima-se que, para cada 100 mulheres com câncer de mama, apenas um homem desenvolverá a doença.

  • Qual a idade mais comum para o desenvolvimento do câncer de mama?

O câncer de mama ocorre predominantemente em mulheres depois da menopausa. Porém, apesar da incidência ser baixa, pode acontecer também em mulheres jovens antes dos 40 anos — idade em que é recomendado o início da mamografia anual.

Tudo isso expõe a mulher a índices de estrogênio às vezes dez vezes maior do que antigamente, o que pode explicar o aumento no número de casos de câncer de mama entre as mais jovens.

Por isso, é sempre bom ficar atenta e consultar com frequência um mastologista.

  • Existe algum sintoma além de caroço no seio?

A forma mais habitual é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor. Outros sinais e sintomas menos frequentes são edemas semelhantes à casca de laranja, irritação ou irregularidades na pele, dor, inversão ou descamação no mamilo e descarga papilar (saída de secreção pelo mamilo). Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.

  • Prótese de silicone nos seios pode levar à doença?

Não há evidência científica de que exista associação entre implantes mamários de silicone e o risco de desenvolvimento de câncer de mama.

  • Quais são os tratamentos para o câncer de mama?

Existe, nos dias de hoje, um grande leque de opções de tratamento para o câncer de mama. Para cada tipo e estadiamento da doença são várias as opções. Esta variedade de modalidades de tratamento pode parecer confusa ao paciente, mas segue regras bastante claras que norteiam o tratamento de cada paciente. O princípio da terapia curativa do câncer de mama é a cirurgia. Embora a cirurgia não necessariamente tenha de ser o primeiro tratamento, sempre que há intenção curativa no tratamento, a cirurgia deve fazer parte. Em determinadas situações, dependendo do estadiamento da doença, está indicada a radioterapia, seja como complemento ao tratamento curativo cirúrgico, seja como parte de tratamento paliativo, para diminuir sintomas relacionados à doença. O tratamento sistêmico, constituído pelas modalidades de quimioterapia, hormonioterapia e terapia alvo, pode ser indicado tanto como complemento ao tratamento cirúrgico curativo, quanto como tratamento paliativo.

  • Como é feito o diagnóstico de câncer de mama?

O diagnóstico de câncer de mama somente pode ser estabelecido mediante uma biópsia da área suspeita que seja analisada por um patologista e laudada como sendo um câncer. A realização desta biópsia, no entanto, somente ocorre em face de alguma alteração suspeita, seja no exame físico, seja na mamografia. O ultrassom das mamas pode servir como complemento à mamografia, pois ajuda a diferenciar cistos de nódulos.

  • Pílula anticoncepcional aumenta o risco da doença?

Existem estudos que demonstram fraca relação de causalidade entre pílula anticoncepcional e risco da doença, enquanto outros demonstram alguma relação.

  • Quais são os tipos de câncer de mama?

Existem vários tipos de câncer de mama, e alguns são mais agressivos do que outros. Os tipos mais comuns são:

 carcinoma ductal in situ (CDIS);
– carcinoma lobular in situ (CLIS);
– carcinoma ductal invasivo (CDI);
– carcinoma lobular invasivo (CLI);
– carcinoma inflamatório da mama (raro).

Há, ainda, outros tipos de câncer da mama que possuem menor incidência, como o carcinoma medular, o carcinoma mucinoso, o carcinoma tubular e o tumor filoide maligno, dentre outros

  • Quais são as chances de cura para um paciente com câncer de mama?

Quando diagnosticado em estágio inicial a chance de cura do câncer de mama pode chegar a 90%. No Brasil cerca de 45% dos casos da doença são diagnosticados em estágios avançados, ou seja, não são possíveis de serem curados.

  • Quais são as possíveis causas do câncer de mama?

Para poder falar das possíveis causas temos primeiro que mencionar o que é fator de risco.

Ter um fator de risco ou mesmo vários, não significa que você vai ter uma doença como o câncer. Muitas pessoas que contraem a doença podem não estar sujeitas a nenhum fator de risco conhecido. Se uma pessoa com câncer de mama tem algum fator de risco, muitas vezes é muito difícil saber o quanto esse fator pode ter contribuído para o desenvolvimento da doença.

O câncer de mama é em parte decorrente de uma série de fatores de risco, como:

  • Ser mulher.
  • Histórico familiar.
  • Menarca precoce.
  • Predisposição genética hereditária.
  • Idade avançada.
  • Menopausa tardia.
  • Radioterapia prévia na região do tórax.
  • Mamas densas.
  • Obesidade.
  • Sedentarismo.
  • Alcoolismo.
  • Tabagismo.
  • Uso da terapia de reposição hormonal.
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