Formação busca ensinar alunos a compreender e controlar emoções, além de valorizar as diferenças no ambiente escolar
A Prefeitura de Gravataí está desenvolvendo um projeto piloto sobre inteligência emocional, com o intuito de conscientizar os alunos sobre a importância de entender e controlar suas emoções, além de aceitar as diferenças. A formação é organizada pela Diretoria de Gestão Escolar e Apoio ao Educando, da Secretaria Municipal de Educação (Smed), e está sendo conduzida por uma equipe multidisciplinar que conta com educadoras e estudante de psicologia.
O título do projeto faz referência ao filme Divertida Mente, que mostra a descoberta e necessidade de controle das emoções na infância e adolescência.
“Pensamos esse projeto a partir da consciência que a escola é fundamental como formadora do ser humano, à medida que deve estimular nossos alunos e alunas a criar ambientes de convivência nos quais se desenvolvam socialmente e iniciar o processo de aprender com a troca de experiências. Assim, é essencial levar aos alunos o entendimento de que todos devem buscar ajuda de amigos, familiares, colegas e professores em momentos difíceis”, destaca a titular da Smed, Aurelise Braun.
Estrutura do projeto
O desenvolvimento do projeto está organizado em quatro etapas:
1. Entrevista inicial com a escola
2. Observação das turmas participantes
3. Palestra e dinâmica com os alunos
4. Acompanhamento contínuo
“Aceitar e compreender as diferenças na personalidade de cada um é de fundamental importância. Todos devem ser respeitados, e isso se amplia para a vida. É comprovado que a inteligência emocional melhora o desempenho escolar e a convivência social, assim como diminui riscos de saúde e ajuda na tomada de decisões em todos os campos da vida”, explica Mariclei Martins, diretora do Departamento de Gestão Escolar e Apoio ao Educando.
Primeira escola contemplada
A primeira instituição a receber o projeto foi a Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Antônio de Pádua, no início deste mês, nas turmas 81 e 91. Durante a atividade, os alunos refletiram sobre um caso de vandalismo escolar e desrespeito ao patrimônio, debatendo formas adequadas de resolução.
Além disso, os profissionais apresentaram como a inteligência emocional influencia o comportamento individual e coletivo. “Isso mostra que tudo o que aprendemos e a forma com que aprendemos está entrelaçado no nosso emocional. O uso de palavrões ou agressões físicas não devem ser aceitos, e saber respeitar as diferenças é um ponto-chave para desenvolver uma inteligência emocional de maneira saudável”, conclui Aurelise.
A estudante de Psicologia Carla Bernardes, integrante da equipe do projeto, reforça que o objetivo é estimular o autoconhecimento das crianças. “Queremos que eles entendam sobre diferenças e como controlar suas emoções”, afirma.
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