Simers denuncia amadorismo e falta de transparência na gestão Airton Souza

A atual administração municipal de Canoas, sob o comando do prefeito Airton Souza, prometeu transparência e eficiência na gestão pública. No entanto, a realidade tem se mostrado bem diferente. Segundo o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), a condução das negociações sobre a crise na saúde municipal tem sido marcada pelo amadorismo e pela falta de transparência, elementos que comprometem não apenas o funcionamento dos hospitais, mas também a credibilidade do governo.

Uma gestão sem profissionalismo e sem compromisso com a clareza

Desde que assumiu a Prefeitura, Airton Souza apresentou um discurso de mudança, baseado na transparência e no diálogo com os diversos setores da sociedade. Mas, na prática, o que se vê é uma administração que não age com seriedade e adota métodos informais para tratar de questões que exigem comprometimento e responsabilidade.

O Simers revelou que, durante as tentativas de negociação com a gestão municipal, a Prefeitura tem utilizado mensagens de celular e conversas de WhatsApp como base para discutir propostas, ao invés de documentos oficiais e compromissos formais. Esse tipo de atitude não apenas demonstra falta de profissionalismo, mas também coloca em xeque a credibilidade da administração pública. Como um governo que se diz transparente pode conduzir assuntos tão sérios dessa maneira?

Falta de transparência mina a confiança da população

Além da falta de profissionalismo, a transparência prometida pelo prefeito Airton Souza parece ter ficado apenas no discurso. Em vez de apresentar informações claras e medidas concretas para resolver os problemas da cidade, a Prefeitura adota posicionamentos vagos e evasivos, deixando a população e os profissionais da saúde sem respostas.

O Simers criticou a postura da administração ao divulgar um ofício sem soluções objetivas, alegando que só analisará a situação financeira da saúde a partir de 15 de fevereiro, sem oferecer um plano de ação realista. Essa prática de “empurrar com a barriga” questões essenciais reforça a percepção de que a atual gestão não tem compromisso com a clareza e com a responsabilidade administrativa.

A cidade de Canoas enfrenta desafios significativos, e o mínimo que se espera de uma administração pública é seriedade, organização e transparência. No entanto, a atual gestão insiste em agir de forma desorganizada, transmitindo insegurança para trabalhadores e cidadãos.

O Simers deixou claro que não aceitará mais esse tipo de comportamento e cobra um posicionamento firme e oficial da Prefeitura. O fato é que não se governa uma cidade por mensagens de celular, nem se constrói credibilidade com discursos vazios.

 

Confira o comunicado do Simers:

 

COMUNICADO OFICIAL

SUSPENSÃO DOS ATENDIMENTOS HU/HPSC

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) em respeito à categoria médica e a população canoense, bem como demais cidades referenciadas, vem a público para repor a verdade e acabar com ataques sofridos aos médicos do Hospital Universitário (HU) e Hospital de Pronto Socorro de Canoas Prefeito Dr. Marcos Ronchetti (HPSC).

É sabido que os profissionais destas duas instituições estão com atrasos em suas remunerações desde novembro de 2024 – e um pequeno percentual desde outubro. O Simers ressalta que a prestação dos serviços foi feita para o Município de Canoas, não para a administração A ou B. Os governos têm seu tempo determinado, mas a municipalidade é perpétua.

Desde o início das negociações com a atual gestão municipal, o Simers se espanta pelo amadorismo e falta de transparência quanto ao envio de propostas. Conversas de celular ou mensagens por WhatsApp não possuem segurança jurídica para apresentação de propostas aos corpos clínicos do HU e do HPSC. O Simers, como representante da categoria, não aceita mais esse tipo de comportamento. Tudo deve ser colocado às claras e formalmente.

Em Assembleias, os profissionais se reuniram na sexta-feira (31) e decidiram:

HU – retomada da suspensão dos atendimentos eletivos, bem como a admissão de novos pacientes desde 19h de 31/01;

HPSC – prazo de 48h para regularização dos pagamentos, tendo início em 04/02 e prazo final até às 0h de quinta-feira,06/02. Em caso de prosseguimento da inadimplência, os médicos irão extinguir seus contratos imediatamente.

Diante do exposto, o Simers destaca que falas do prefeito Airton Souza nada contribuem ou põem fim a esta sangria que Canoas está passando. A calamidade do sistema de saúde municipal é uma chaga aberta há décadas, e os médicos não são os culpados disso. São seres humanos que trabalham e prestam assistência à população, e como qualquer trabalhador, merecem receber pelo seu trabalho realizado.

A apresentação de um ofício, na sexta-feira, onde contém a informação de que o Município irá analisar a situação financeira a partir do dia 15/02, para depois verificar a possibilidade de pagamento, mediante a criação de um cronograma, não é uma proposta aceitável. Aliás, não é proposta.

Salientamos que o direito de suspensão dos serviços eletivos está protegido no Código de Ética Médica, no inciso V dos Direitos Fundamentais. Assediar ou constranger médicos é uma violência descomunal contra aqueles que são vítimas desta situação. Médico não quer paralisar, médico quer salário e bem-estar laboral.

Reiteramos que, ao contrário do que diz o prefeito de Canoas, os médicos PJ seguem em suspensão de atendimentos, até que ocorra a quitação dos valores devidos pela gestão municipal.

 

Porto Alegre, 04 de fevereiro de 2025

Marcelo Marsillac Matias

presidente do Simers

Alessandra Felicetti

diretora da Região Metropolitana do Simers

 

CLIQUE AQUI E BAIXE O OFICIO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOAS

 

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Wagner Andrade
Wagner Andradehttps://realnews.com.br/
CEO | Jornalista | Comunicador | Narrador | Te ajudo a fortalecer a marca da sua empresa através da comunicação

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